O Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo, implantou um equipamento promete ajudar a resolver casos graves de Síndrome Convulsiva, mais conhecida como Epilepsia. O Centro de Investigação e Tratamento da Epilepsia do (CITE) do hospital recebeu investimentos de US$ 200 mil para a instalação do equipamento Ceegraph, da americana Bio-logic, que faz a interação entre o vídeo-eletroencefalograma e a ressonância magnética. O exame revela, inclusive com imagens coloridas, o que antes era registrado somente nos gráficos do eletroencefalograma. Desta forma, é possível diagnosticar o foco de origem das descargas elétricas. ?A partir dessa indicação, podemos extrair em cirurgia o ponto exato de origem, sem afetar áreas sadias do cérebro. Trata-se de um método significativamente menos ablativo?, explica o neurocirurgião Carlos Vanderlei Medeiros de Holanda, diretor do CITE. Com as imagens, o neurocirurgião também pode acompanhar quais regiões a descarga elétrica percorre.
Segundo o Dr. Holanda, este é um importante recurso para programar a cirurgia daqueles que não respondem ao tratamento com medicamentos.
Para fazer o exame, o paciente tem a medicação suspensa, é internado e passa por monitoração diária, para registro de suas crises convulsivas em ambiente controlado, inclusive por imagens.
O paciente é observado por uma equipe multidisciplinar formada por neurofisiologista, neuropsicólogo, neurocirurgião e neurologista. CITE tem capacidade para realizar dois exames simultâneos.
O equipamento está atendendo convênios e particulares e, segundo o Dr. Holanda, aguarda a liberação do Ministério da Saúde para o atendimento do SUS. O equipamento deve atender em média dois pacientes por dia.