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Coworking de saúde lançado na pandemia cresce

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Negócio fatura R$130 mil ao mês e cresce 30% mensalmente atendendo 170 médicos e dentistas. Com custo de R$150 a hora e salas com equipamentos de última geração, médicos e dentistas fecham consultórios tradicionais e migram para coworking; Para se diferenciar, coworking aposta em rede de serviços e fecha parecerias com fintech, central de exames e uma facilitadora de reembolso de planos de saúde;

Gerir a clínica para que os médicos e dentistas apenas se preocupem em atender seus pacientes. Com essa ideia simples, Patrícia Del Gaizo Maia criou a OPT.DOC, um coworking de saúde que fatura R$130 mil ao mês. Inaugurado em agosto do ano passado, no meio da pandemia, o negócio cresce cerca de 30% ao mês e a empreendedora já analisa a abertura de mais duas novas unidades em São Paulo. A meta é faturar R$500 mil por mês até dezembro. 

Conforme Maia, os números são bons, mas ainda sofrem impacto das medidas adotadas para conter a pandemia como a redução da capacidade de atendimento e restrições de horários para evitar aglomeração. Atualmente, o coworking atende cerca de 170 médicos e dentistas, 14 horas por dia, em 20 consultórios o que corresponde 20% da capacidade. As salas podem ser locadas por valores que vão de R$80 a R$150 conforme o nível de equipamentos em consultório e especialidade. Neste valor, ainda está incluso o trabalho de uma assistente de sala treinada pela OPT.DOC e serviço de recepção.  

"A segurança para analisar a abertura de novas unidades vem dos bons números, mas também dos feedbacks e do trabalho com os mais de 170 médicos e dentistas que atendem em nosso espaço. Muitos deles, inclusive, fecharam seus consultórios tradicionais para atender apenas no coworking. Isso indica que estamos no caminho certo ao oferecer exatamente o que esses profissionais precisam", conta Patrícia Del Gaizo Maia, CEO da OPT.DOC. 

Um desses profissionais é o dentista Andrew Melenikiotis que fechou seu consultório no Itaim após 28 anos e agora, atende apenas na OPT.DOC. Segundo ele, a economia financeira em atender apenas pagando pelo uso da sala fica em torno de 10%. Entretanto, o ganho de tempo e a tranquilidade de não ter mais que administrar uma clínica é imensurável. "Agora, chego, minha sala está pronta, atendo meus pacientes com todo o conforto e tecnologia que encontro aqui sem me preocupar com mais nada", comenta. 

Também migrou o casal de dentistas Heleno e Fernanda Moraes que após 30 anos com consultório próprio encontraram o que precisavam no conceito de economia compartilhada. O casal gerenciou consultório próprio por 15 anos na capital paulista e nos últimos 15 anos, em João Pessoa, na Paraíba. "Quando decidimos retornar para São Paulo, no ano passado, mesmo durante a pandemia, não sabíamos bem como faríamos. Não queríamos mais investir em um consultório próprio, justamente, pela parte de gestão que o negócio demanda. Logo, pensei no "tradicional" e que teríamos de encontrar algum outro dentista que quisesse dividir conosco o seu espaço, nos alugar uma sala em sua clínica, algo nesta linha. Eu não imaginava que existisse algo como um coworking odontológico! Não ter de me preocupar com a gestão, apenas pensar no paciente é o melhor dos mundos para mim. Tanto que não temos intenção de abrir um consultório nosso novamente", comenta Heleno Moraes. 

Mais que salas compartilhadas - Para diferenciar o espaço que conta com 20 salas e atende cerca de 170 médicos e dentistas, a empresária investe em parceiras e crescimento da rede de serviços dentro do coworking. A partir deste mês, o coworking passa a contar com central de exames da MD Analytics, empresa do Doutor Sun, serviço para reembolso de consultas da Regulacare e serviços financeiros para médicos e dentistas com a fintech Edanbank. 

Central de Exames – A parceria com a MD Analytics, empresa fundada pelo Dr. Sun Rei Lin, trará para a OPT.DOC uma central de exames minimamente invasivos e com capacidade para análises clínicas, de sangue a anátomo patológico. Entre os equipamentos, estão o MTX Cnoga que com tecnologia israelense que mede de forma não invasiva 16 parâmetros de saúde do paciente em apenas 1 minuto. Também o Biologix  para monitoramento digital da apneia do sono e o Phelcom Eyer, um retinógrafo digital desenvolvido pela Universidade Federal de São Carlos com Samsung utilizado para medir a pressão ocular com a captação de imagem sem a necessidade de dilatação ocular e antecede diagnóstico de hipertensão arterial, diabetes, glaucoma, alterações de mácula, entre outros. Esse exame pode ser utilizado por médicos e dentistas.  

Todos os exames que necessitam de análise clínica serão colhidos por profissionais da MD Analytics na unidade instalada no coworking e enviados para análise em laboratório. Os diagnósticos são enviados diretamente para o médico que os solicitou e para o paciente de forma digital com agilidade e privacidade. 

Reembolso facilitado – Para agilizar e facilitar o atendimento por reembolso, a OPT.DOC fechou uma parceria com a Regulacare que há 25 anos atua no setor. A empresa é especialista em fazer a ponte entre a clínica, pacientes e planos de saúde para otimizar atendimentos para o médico com mais conforto e segurança para suas operações administrativas, além de uma experiência muito mais tranquila e amigável para o paciente, que não tem qualquer trabalho com a solicitação e recebimento do valor do reembolso, pois todo o procedimento é feito pela empresa. A empresa facilita o reembolso sobre todas as atividades médicas, de consultas e exames a procedimentos/cirurgias. 

Banco digital e crédito especial – A terceira parceria firmada com a OPT.DOC vai impactar positivamente o bolso dos médicos e dentistas que atendem no coworking. A fintech e neobanco EDANBANK fechou parceria para oferecer serviços financeiros e linhas de crédito facilitadas e com condições especiais para os profissionais que atendem no coworking. “Somos a mais completa instituição digital do Brasil”, afirma o CEO Eduardo Silva. Um dos diferenciais é que os créditos tomados podem ser pagos conforme o faturamento do profissional de saúde, respeitando a volatilidade do fluxo de caixa. As parcelas não são fixas e sim, uma porcentagem sobre o faturamento em cartões de débito ou crédito. Assim, quando o médico fatura menos, ele não compromete o seu orçamento por conta da linha de crédito. Além de toda a carta de serviços da fintech que incluem conta digital, cartão internacional Visa, plataforma de investimentos, financiamento imobiliário, crédito com garantia de imóveis, consórcio, seguros, câmbio, maquininhas de cartões, e-commerce e uma vasta gama de serviços.