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Gadelha: articulação entre estado e setor privado é fundamental

Article-Gadelha: articulação entre estado e setor privado é fundamental

Na abertura da Feira Hospitalar, secretário expõe necessidade do público e do privado caminharem juntos para a evolução do SUS

?A articulação do estado com o setor privado é fundamental?, afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, que representou o ministro da Saúde durante a abertura da 21° edição da Feira Hospitalar. Gadelha defendeu a articulação entre público e privado como fundamental para a evolução do sistema e que é preciso ?romper paradigmas quando se trata do público e do privado?, isto é, vencer a resistência de se tratar o social e o econômico como parceiros.
Neste contexto, o secretário lembrou que foram necessárias duas Guerras Mundiais para alcançar Estado de Bem Estar Social e que o capitalismo também foi importante para a evolução desta política. ?Todos países que conseguiram avançar no estado de bem- estar Social, sobretudo na Europa, tiveram a articulação entre setores?, exemplificou.
O secretário também citou números do setor que hoje já detém 10% do PIB brasileiro, 10 % do trabalho qualificado, 35% das pesquisas realizadas no Brasil e 12 milhões de profissionais (diretos e indiretos) apenas no Complexo Industrial da Saúde. Diante desse número, ele acredita que o Brasil ?não se avançará no setor universal sem uma base produtiva e inovadora?, ressaltou.
Durante a cerimônia, Gadelha também elencou alguns desafios que precisam ser vencidos pelo setor. Para ele, a Saúde sofre com um problema de duplo hiato. O primeiro está relacionado ao financiamento e diz respeito não apenas a falta de recursos, mas também a melhoria e a qualidade para se aplicar o dinheiro. A segunda lacuna é a tecnológica e científica- e refere-se à falta de conhecimento para produzir, inovar e impulsionar a indústria.
Por último Gadelha citou como problemas a falta de recursos humanos, recursos financeiros e o já tão abordado problema de remuneração. ?Temos de ser sócios da saúde e não da doença?, afirmou.
Cerimônia
A 21° edição do evento tem 1250 empresas expositoras de 34 diferentes países, 60 eventos que integram os fóruns e receberão e tem expectativa de receber 90 mil pessoas de 70 nacionalidades diferentes em seus quatro dias de evento. Durante a abertura, a presidente da Feira Hospitalar, Waleska Santos, comentou o momento de maturidade do evento. ?Ao longo dos anos, a Hospitalar vem atuando como vitrine para os profissionais, como termômetro para o mercado e como espelho para o setor?.
A cerimônia também contou com a presença de autoridades e representantes de entidades e associações do setor. Entre elas a Abimo, que representada pelo seu presidente, Franco Pallamolla, pontuou os marcos na saúde entre eles a Anvisa e a criação do complexo industrial e ressaltou a importância de uma política industrial que compreenda ?equilíbrio ético nacional e não o nacionalismo radical?. O executivo também citou a importância das Parcerias de Desenvolvimento Produtivos (PDPs), que alcançaram a marca de 104- sendo que destas 10 são focadas em produtos médicos e uma economia anual de R$ 800 milhões. ?Isso sem contar que estamos paulatinamente reduzindo nossa dependência?, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo (Sindhosp), Yussif Mere Júnior, retomou o assunto da tabela SUS questionando qual será o modelo de substituição. ?O ministro [da Saúde] tem falado do abandono da tabela SUS, mas o que colocaremos no lugar?? O executivo enfatizou que caso a tabela SUS acabe, é necessário adotar outra forma de referência, pois sem isso ?não dá para se viver?.
Em consonância com as parcerias entre ente público e privado, o secretário adjunto da Saúde do Estado de São Paulo, Wilson Pollara, citou as 60 organizações sociais de saúde como modelo de gestão para o estado, que tem direcionado suas políticas para o melhor gerenciamento dos recursos disponíveis ao invés da ampliação. ?Temos 17 mil leitos sobrando no estado e 30% mais médicos que o Canadá?, disse. ?Falta gestão, projeto e logística. Não falta dinheiro, hospital ou médico?, completou.
A cerimônia da abertura da 21º edição da Feira Hospitalar ainda reuniu, o deputado federal Nelson Marchezan Júnior, representando o presidente da Câmara dos Deputados; o presidente da Confederação Nacional de Saúde, Dr. Renato Merolli; deputados federais Ronaldo Zulke e Carlos Zaratini; presidente da Apex Brasil, Maurício Borges; David Nicholson, CEO da National Health Service England; Dr. Ivo Bucaresky, diretor de gestão institucional da ANVISA; presidente da FENAESS, Humberto Gomes de Melo; presidente do Conselho de Administração da ANAHP, Francisco Balestrin; presidente executivo da ABIMED, Carlos Goulart; CEO da Messe Dusseldorf, Joachim Schaffer; presidente da FBAH, Valdesir Galvan; presidente da ABRANGE, Arlindo de Almeida, entre outros.