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Hospital Vita inova em radiologia intervencionista

Instituição de saúde usa prótese inédita na América Latina para problemas de oclusão arterial

Apostando no avanço da tecnologia médica, o Hospital Vita Curitiba (PR) foi o primeiro da América Latina a realizar o implante inédito de endoprótese vascular recoberta, denominada Viabahn. A cirurgia foi feita para resolver uma oclusão arterial, ou seja, a diminuição ou obstrução de uma artéria. A intervenção foi realizada pelo médico radiologista intervencionista do Hospital Vita Curitiba e do Instituto de Radiologia Intervencionista (INRAD), Alexander Ramajo Corvello, em uma paciente que tinha um problema de circulação de sangue na perna esquerda e que não conseguia caminhar mais que 100 metros sem sentir dor. "O acúmulo de colesterol na artéria vai fechando o caminho por onde o sangue circula, causando a oclusão. Com a falta de fluxo sangüíneo, o paciente sente muita dor ao andar e pode acabar impossibilitado de caminhar", explica Corvello.
Para o implante desta prótese, é feito apenas um pequeno furo com agulha, por onde é introduzido, após a dilataçào da artéria, uma fina malha que reveste a parede interna da artéria obstruída. Esta prótese é recoberta por um tecido especial chamado Goretex. O médico explica que este material possibilita um fluxo de sangue mais fácil nas artérias e tem alta durabilidade. "É por esse tubo que o sangue volta a circular normalmente", conclui. Todo esse processo é visualizado por intermédio de um aparelho de angiografia, que funciona como um Raio X de altíssima definição de imagem.
De acordo com o radiologista, a primeira impressão desta nova versão da endoprótese Viabahn se demonstrou superior a sua antecessora ainda disponível no mercado, Hemobahn. "A Viabahn tem maior precisão no que se refere ao implante e maior navegabilidade, facilitando sua movimentação pelos vasos sangüíneos, o que propicia mais segurança ao médico e ao paciente", conclui.
Corvello destaca a recuperação rápida e melhora clínica no dia da cirurgia como principais diferencias da técnica. "A circulação se reestabelece imediatamente e em seis horas o paciente pode voltar a andar normalmente", enfatiza.
Radiologia intervencionista
A radiologia, há cerca de um século, tem servido de instrumento para detectar os problemas do corpo. Diagnóstico feito por imagem se encaixa nessa tecnologia, que se tornou indispensável à investigação de inúmeras patologias.
Unindo os conhecimentos radiológicos aos angiográficos, surgiu, há cerca de 30 anos, uma nova especialidade médica: a Radiologia Vascular e Intervencionista.
Hoje, no Brasil, existem cerca de 30 profissionais credenciados em radiologia intervencionista e aptos a realizar todos os procedimetnos que a especialidade oferece.
Mais do que apenas detectar a patologia, a nova radiologia trata e resolve o problema. Segundo Corvello, os procedimentos radiológicos intervencionistas apresentam-se como opção para a escolha do melhor tratamento a ser disponibilizado para o paciente, interagindo com as outras especialidades médicas. "Estas novas intervenções são minimamente invasivas, o que possibilita recuperações mais rápidas, além de apresentar um baixo risco para o paciente".
Sempre utilizando a técnica de cateterismo (navegar pelas artérias através de cateter), a Radiologia Intervencionista hoje envolve cerca de 50 tipos de tratamentos em diferentes partes do corpo. Algumas das utilizações mais comuns são para tratamento de aneurisma cerebral, aneurisma de aorta abdominal, tumores, sangramentos intestinais e mioma uterino. Maiores informações sobre a radiologia intervencionista podem ser obtidas no site www.arteriografia.com.br.