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No encalço das gigantes, Hapvida expande rede própria

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Com crescimento, operadora nordestina chegará a 21 hospitais em 2015; empresa só está atrás da Amil e Rede D´Or

A Hapvida acaba de adquirir o Hospital Luiz França, entidade especializada em pediatria localizada em Fortaleza (CE). Com a compra, a operadora amplia a oferta de leitos pediátricos para 60 em todo o estado e continua sua estratégia de verticalização – essência da empresa nordestina. A operadora não abre o valor da aquisição individual, mas afirma que a compra está no montante de R$ 180 milhões investidos em rede própria desde 2014.

De acordo com o presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro, o valor está sendo empregado não apenas na compra de unidades, mas também nas parcelas de hospitais em Manaus (AM) e Belém (PA), e em novos equipamentos para essas entidades, que serão inauguradas ainda neste primeiro semestre. “Esse pacote inclui imóveis, unidades hospitalares, investimento em tecnologia médica”, detalha.

Com o avanço na rede hospitalar, a operadora que hoje tem 3 milhões de beneficiários chega a 207 unidades de atendimento, o que incluí 70 clínicas de especialidade, as chamadas Hapclínicas, 13 prontos-atendimentos, 55 centros de diagnóstico por imagem, 40 laboratórios e 21 hospitais.

Para se ter uma ideia, a rede de hospitais da Hapvida só perde para a carioca Rede D´Or, que tem 27; e para o Grupo Amil com 31 – que hoje pertence a gigante global United Health. “Nascemos na área hospitalar com Cândido [ Pinheiro de Lima], meu pai. Depois veio o plano de saúde em 1993. Há mais de dez anos privilegiamos investimentos em rede própria e é assim que nós nos vendemos”, afirma Pinheiro.

A verticalização da rede é considerada estratégica para a marca presente em todo o Norte e Nordeste. "Com ela é possível garantir a qualidade do usuário, ter sistema único e integrado na rede inteira e assim monitorar o atendimento”, explica o executivo. Como toda rede própria, há o benefício da redução de custo. “Naturalmente, e isso nos ajuda a ter uma gestão de custos eficiente, ganho de escala e uma série de facilidades, e isso é repassado ao usuário com uma agressiva tabela de vendas”, complementa Pinheiro, que garante que o reajuste da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não é repassado em sua totalidade para o consumidor final.

Conhecida por atuar com foco na classe C, hoje o executivo afirma que a maioria da carteira de beneficiários se classifica como B, com um ticket médio em torno de  R$110. Mesmo apontando dificuldades como a inflação médica, carga tributária e judicialização, a empresa mantém quase que 40% da carteira como individual. “Em função do nosso modelo, apesar de todas as dificuldades, em alguns estados somos praticamente a única opção. Temos um nível de verticalização muito grande, e isso nos dá garantia que a inflação médica não afete do jeito que afeta os outros”, explica.

Tipo exportação

A empresa tem software próprio, o que segundo Pinheiro é ótimo, pois permite fazer todas as adaptações necessárias e também ajuda na redução de custos. A ideia de ter um sistema próprio foi além da gestão da operadora e hoje se dá por meio de uma parceria com a Aptec, a empresa presta serviços em autogestões como da Companhia de Engenharia de Tráfego e da Aeronáutica do Brasil.