Já está disponível na rede do Sistema Único de Saúde - SUS, o medicamento Reyataz (atazanavir) distribuído pelo Ministério da Saúde para pacientes portadores do vírus HIV. O medicamento é o primeiro inibidor de protease em tomada única diária e deve ser usado em terapia combinada com outros agentes anti-retrovirais que fazem parte do coquetel para combate do vírus HIV. A ingestão uma vez ao dia de duas cápsulas ajuda a simplificar a terapia anti-retroviral e oferece uma melhor qualidade de vida ao paciente. Dois comprimidos diários, a serem tomados em um mesmo horário, podem melhorar a adesão ao tratamento, o que tende a aumentar a eficácia e diminuir a probabilidade de desenvolvimento de resistência do vírus ao tratamento. A terapia anti-retroviral utilizada atualmente, pode chegar em alguns casos a até 25 comprimidos diários, em várias ingestões e horários diversos.
Além da conveniência da tomada uma única vez ao dia, Reyataz (atazanavir) demonstrou em estudos que não predispõe o desenvolvimento de resistência cruzada do vírus HIV a outros inibidores de protease de sua classe, sendo que em alguns casos, pode determinar o aumento da sensibilidade dos mesmos. Por essa razão, Reyataz (atazanavir), é indicado para pacientes que irão iniciar a terapia com um inibidor de protease.
Pesquisas recentes indicam que Reyataz (atazanavir), diferentemente de outros agentes de sua classe, não interfere nos níveis de colesterol, triglicérides e insulina dos pacientes. Esses são efeitos adversos que estão relacionados com o processo de redistribuição de gordura e risco cardiovascular, atualmente dois dos maiores problemas enfrentados pelos pacientes em tratamento com o coquetel anti-HIV.
Até o final deste ano, cerca de 8 mil pacientes serão beneficiados pelo novo medicamento. A entrada do Reyataz (atazanavir) no coquetel anti-HIV do Ministério da Saúde ocorreu devido a um acordo entre o Governo Federal e a Bristol-Myers Squibb. O governo anunciou que conseguiu negociar uma redução de preço da ordem de 76,4%.
O Brasil, que é segundo país que mais trata pacientes com HIV depois dos Estados Unidos. Também é o segundo a ter o Reyataz (atazanavir) disponível para população seis meses após o lançamento do medicamento. A droga, por seu perfil de eficácia e segurança, obteve a mais rápida penetração no mercado norte-americano entre os inibidores de protease, aproximadamente 15%.