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Apps de saúde crescem em países emergentes

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- ShustterStock
No Brasil, áreas ligadas à medicina e fitness cresceram mais de 5% em um ano

Mudanças sempre foram uma constante no mundo, mas a rapidez com que elas têm ocorrido nas duas últimas décadas é inegável. Dentro do universo da Saúde, a autonomia das pessoas no cuidado de si mesmo está entre as grandes transformações vigentes. O avanço tecnológico, incluindo a infinidade de aplicativos que estão surgindo, certamente tem impulsionado essa tendência. Para tentar mensurar esse movimento, a empresa Mobile Ecosystem Forum (MEF) publicou um relatório sobre mHealth e wearables, em parceria com a fabricante de segurança AVG Technologies.

O levantamento retrata os motivos para o uso e consumo de cerca de 15 mil usuários mobile em mais de 15 países, dos cinco continentes, e mostra que as mulheres são as maiores entusiastas dos aplicativos. A pesquisa indica que a adoção de aplicativos voltados para saúde (health) e prática de exercícios físicos (fitness) cresce em todo o mundo, sendo mais de um terço em relação ao ano anterior, passando de 11% para 15%; assim como o uso de apps ligados à medicina, crescendo de 8% para 10%.

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Os países emergentes, da África, Ásia e América Latina, parecem, segundo relatório, serem os países com mais interesse nesse tipo de aplicativo, obtendo crescimento mais acentuado no uso.

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Outros dados:

• Globalmente, 44% dos usuários de mídias mobile já presenciaram um médico ou profissional da saúde fazendo uso de aparelhos como smartphones ou tablets durante uma consulta, para oferecer um diagnóstico ou tratamento;

• O uso de aplicativos de Saúde & Fitness cresceu um terço ao redor do mundo no último ano;

• Mais da metade dos usuários mobile usa apps para relaxar ou para treinar sua mente. 20% usam para ajudá-los a gerenciar seu peso;

• No Brasil, 26% dos usuários usam aplicativos para ajudar na prática de exercícios e 21% para controlar o peso;

• África do Sul e Nigéria são os países que apresentaram maior crescimento;

• No Brasil o crescimento em ambas as categorias (apps médicos e apps de saúde e fitness) foi de 5%;

• O único país que apresentou queda no uso desse tipo de aplicativos foi os EUA, com -5% no uso de aplicativos de Saúde & Fitness.

África, Ásia e América Latina

• Sul-africanos são os mais empolgados com o uso de apps de Saúde & Fitness (22% contra a média global de 15% de uso), enquanto os nigerianos são os mais propensos a usar apps médicos (o uso mais do que dobrou em um ano, passando de 7 para 17%);

• Na Índia e no México o crescimento do uso de apps de saúde & Fitness foi de 7%;

• No Qatar e na Arábia Saudita mais da metade dos consumidores já presenciou o uso de apps médicos em consultas com profissionais da saúde.

Para a CEO da MEF, Rimma Perelmuter, as tecnologias de mHealth e wearable representam uma grande oportunidade de crescimento e colaboração para o setor. De acordo com esta visão, o Saúde Business Forum deste ano, organizado pela Live Healthcare Media, terá o tema colaboração (Partner to Win) como pano de fundo do evento, sendo discutido pela perspectiva científica e filosófica, assim como tecnológica.

As mudanças tecnológicas estão tão rápidas que há quem questione se os seres humanos serão capazes de lidar de maneira sustentável em meio a elas. A filósofa e escritora Viviane Mosé fez essa provocação durante o Saúde Business Forum do ano passado ("Viviane Mosé: mudança acontece com um pé na idade média e outro no futuro), afinal.

O levantamento inclusive aponta que a falta de confiança é o maior obstáculo para o crescimento da indústria mobile, sendo citada por 40% dos entrevistados como fator número um para evitar baixar itens a partir do smartphone ou tablet.