“Não sou médico, sou um físico especializado em energia nuclear. Trabalhei 14 anos nesta área que abandonei para tornar-me executivo de empresa. Outros 14 anos depois virei pesquisador de assuntos do mundo empresarial.
Meu tema é inovação como veículo para aumentos de produtividade. Foi isso que me trouxe à área da saúde, setor em que a tecnologia e o conhecimento avançam, mas a prestação do serviço não.
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Não se consegue produzir mais com menos em saúde. O que se consegue (precariamente) é produzir mais com mais, o que é insustentável. Os custos sobem sem aumento na “produção” - como diria um engenheiro - sobem apenas para (tentarmos) nos manter no mesmo lugar. A maior e mais importante indústria de serviços do mundo é impermeável à inovação. O conhecimento que temos acumulado não é o do tipo certo para fazer o sistema avançar. O que precisamos aprender que ainda não aprendemos?
● Este livro se inspira na seguinte declaração de Albert Einstein: “se me dessem uma hora para salvar o planeta, eu gastaria 59 minutos enquadrando o problema e 1 minuto resolvendo”.
● E uso três conselhos seus como diretrizes:
- “Não tente fazer mais daquilo que vem dando errado na esperança de que passe a dar certo”.
- “Tudo deve ser feito o mais simples possível, mas não mais simples que isso”;
- “Não tente resolver problemas usando a mesma lógica que levou ao surgimento deles”;
Em saúde estamos tentando resolver o problema errado da forma errada. Como equacionar e resolver o emaranhado de causas e efeitos que fazem com que o sistema tenha se tornado um dos maiores pesadelos gerenciais que existem?
Numa época em que o avanço de tecnologias e conhecimentos em outras áreas tem resolvido ou promete resolver problemas que já pareceram intratáveis por que a assistência à saúde não avança? Como projetar e construir um sistema de saúde que funcione?
O objetivo não é propor uma “teoria de tudo”, é ajudar a reinventar o sistema. Se parece um tanto pretensioso, conceda-me, por enquanto, o benefício da dúvida. Vou mostrar como uma abordagem mais científica pode contribuir para “resolver” o problema do sistema de saúde no Brasil”.
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