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Desabastecimento do 'kit intubação' é gravíssimo, alerta Fehosp

Article-Desabastecimento do 'kit intubação' é gravíssimo, alerta Fehosp

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Estoques de anestésicos, sedativos e relaxantes musculares têm, em média, 3 dias de duração; antibióticos também começam a ficar escassos

A Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo - Fehosp, realizou um levantamento na manhã desta terça-feira (13/04), junto aos hospitais filantrópicos do Estado - cerca de 300 associados - e alerta que o desabastecimento de anestésicos e medicamentos do chamado ‘kit intubação’ é gravíssimo. Os mais de 160 hospitais que responderam ao levantamento apontam que os estoques de anestésicos, sedativos e relaxantes musculares têm, em média, de 3 a 5 dias de duração e que começam a ficar escassos também os antibióticos.

“Vamos monitorando a situação através de um grupo online com mais de 200 hospitais, a cada dia a situação é mais desesperadora. Mesmo os hospitais que apontam entre 8 e 10 dias de estoque a situação é delicada, pois são hospitais maiores que também recebem grande volume de novas internações a cada dia e, dependendo da região, o estoque cai bruscamente de um dia para o outro”, afirma o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti.

Matão, Guarujá, Votuporanga, Presidente Epitácio, Fernandópolis e Rio Preto são exemplos de hospitais que operam com estoques entre 2 e 3 dias de margem apenas, mas a situação no estado todo é grave e os hospitais que acumulam 10 dias de estoque são raros.

Muitos hospitais que apontam o baixo estoque no levantamento preferem não divulgar cidade ou nome da instituição, preocupados em não causar pânico nos familiares dos pacientes internados.

Em contato com mais de 22 fornecedores nas últimas 24 horas, os hospitais não encontraram possibilidade de compra. “A Secretaria estadual tem ajudado, mas também não está conseguindo grandes volumes. Estamos batalhando por importações que estão sendo lideradas pela Confederação das Santas Casas, mas os estoques no exterior também não estão disponíveis e tememos pelo pior. Se o volume de internação não cair rapidamente, não conseguiremos repor os estoques e será uma situação trágica”, alerta Rogatti.