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Como criar um projeto de referência para o seu data center

Article-Como criar um projeto de referência para o seu data center

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É preciso considerar diversos fatores dentro das disciplinas elétrica, mecânica e de Gestão, contando com tecnologias para garantir eficiência e sustentabilidade; veja mais dicas

Os centros de dados são um dos componentes vitais de uma infraestrutura digital. Eles abrigam servidores e sistemas de armazenamento que alimentam a maioria dos serviços que usamos todos os dias, desde as mídias sociais até as compras online. E, em uma organização de Saúde, o data center é crucial para manter as operações funcionando de maneira ininterrupta.

O projeto de desenvolvimento de um data center é, portanto, parte fundamental da construção de uma nova instalação, ou de atualização de uma existente, já que pode ajudar a garantir que o hospital obtenha maior eficiência em suas operações e tomadas de decisão. Ele deve considerar os requisitos funcionais, não funcionais e de infraestrutura. Além disso, deve ser compatível com a arquitetura corporativa do hospital e atender às suas necessidades específicas.

“Hoje, cada vez mais, as estruturas precisam ser eficientes. Então, um projeto de data center deve priorizar a disponibilidade. Esta área é puro tratamento de dados, por isso a preocupação com a eficiência deve ser enorme e a infraestrutura não pode consumir mais do que o processamento propriamente dito”, conta Jackson Vasconcellos dos Santos, Especialista em Missão Crítica na Schneider Electric.

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Partes do todo

Segundo o especialista da Schneider, ao projetar o data center é necessário separá-lo em camadas. “Quando a gente fala da parte elétrica, significa como você faz com que essa energia chegue com qualidade e de forma ininterrupta, de maneira eficiente, até a parte do hardware que está processando os dados. É preciso saber se está sendo eficiente em UPS, redundante em todos os sistemas, resiliente com utilização de ATS (Automatic Transfer Switch) em fontes single, fazer um gerenciamento de rack com réguas, PDUs (Power Distribution Unit), com monitoramento por tomada, se necessário, criando um ecossistema elétrico conectado, que possa ser acessado remotamente, e saber de ponta a ponta como está o status e o consumo”, detalha Jackson.

Já na esfera mecânica, a infraestrutura de TI tem conexão com a climatização. ”O link vai ficar primeiro na infraestrutura em que você acomoda esses ativos, como um rack com suportabilidade de peso adequada, grau de ventilação apropriado, dimensões compatíveis para acomodar a parte de infraestrutura elétrica. O segundo ponto é como circular e tratar a qualidade de ar que está entrando ali, utilizando sistemas de climatização de missão crítica Inrow ou em Rack, garantindo maior eficiência do sistema. E aí entra uma questão mecânica muito forte, que é entender qual é a solução efetiva, dimensionada de forma correta para fazer o tratamento do ar que passa pelos servidores”, conta Jackson Vasconcellos.

A terceira camada é o ambiente de TI que, em healthcare, em geral, tem tamanho comedido, porque é necessário dedicar muito mais espaço para o que é o core business do hospital: o atendimento ao paciente. Segundo Jackson, existem soluções com dimensões apropriadas, armários para armazenar a infraestrutura de TI menores, enxutos, mas que garantam todo o necessário. Para endereçar essa necessidade, muitas vezes, os hospitais usam uma solução híbrida de nuvem e computação de borda. “No edge computing, a infraestrutura, dependendo do cliente, tem apenas um rack e é preciso ter tudo nele: rack, PDU, climatização, o próprio ativo de TI, isso em uma sala reduzida. É o que chamamos de all-in-one.”

 

Os pilares de um projeto de referência

Antes mesmo de planejar, é importante conhecer a jornada do cliente. Ou seja, entender onde ele está e para onde quer se mover. Depois de entender as expectativas da instituição, é o momento de planejar a infraestrutura, de forma que seja flexível o suficiente para acompanhar esse crescimento da maneira mais eficiente possível. Afinal, esses são os desafios de uma infraestrutura quando falamos de processamento de dados: deve ser eficiente, escalável e disponível.

O último pilar é a execução do projeto em si, com a aplicação de todas as camadas já mencionadas. Após colocar o que foi planejado em prática, é preciso fazer um monitoramento constante. “Aqui temos o machine learning olhando essa infraestrutura e constantemente fazendo análises, conhecimento de dados, transformando dados em informação e dando inputs de melhoria para que a operação se mantenha sempre em alto desempenho”, diz Jackson.

Mas garantir um data center sustentável não é uma missão que termina em sua construção. Garantir a sua continuidade é fundamental, e vai além de apenas reduzir consumo de energia e preservar o meio ambiente. "Também significa tornar essa operação longeva. É uma operação de investimento e de grau de importância muito grande. Há vários produtos conectados, muita informação rodando e a operação do gestor de infraestrutura de TI tem sido cada vez mais enxuta. Ele precisa ter as informações disponíveis, centralizadas e já trabalhando com sugestões, com recomendações para que seja mais efetivo”, explica Jackson Vasconcellos.

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