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A irresponsabilidade fiscal e a Saúde

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Preocupante, irresponsável, desoladora. Existem muitas palavras para descrever o quadro de déficit fiscal previsto para o governo em 2016. Ao se comprometer a gastar mais do que pretende arrecadar no próximo ano, o governo joga a toalha no ajuste fiscal e não promove os ajustes necessários para voltar a ter um equilíbrio fiscal, no médio e longo prazo.

Se por um lado, esse realismo fiscal é benéfico e um grande avanço frente a orçamentos previamente aprovados, por outro traz a expectativa de um rombo muito maior do que os R$30 bilhões previstos ou 0.5% do PIB, o que levará a um aumento significativo da dívida pública, desvalorização do real, aumento da inflação e retração da economia, com os consequentes desemprego, baixo crescimento e baixa taxa de investimento.

Mas, e o que esse cenário significa para a Saúde ? Com o governo sofrendo uma enorme pressão por corte de gastos, a Saúde Pública com seus limitados gastos anuais deve passar também por cortes significativos. Em primeiro lugar, a maior parte dos insumos adquiridos no âmbito público e privado são importados, o que torna a atual desvalorização cambial um grande fator inflacionário em ambas as esferas. O pior é que não dá para prever onde vai parar a desvalorização cambial. Enquanto consultorias como a Empiricus prevêem o dólar a R$4,00, minha principal preocupação hoje é o que acontecerá quando o dólar passar desta cotação, e chegar a R$5,00 ?

E nesse contexto, a sua empresa ou organização está pronta para essa nova realidade ? Infelizmente, a grande maioria das organizações não está preparada para tamanha instabilidade e, muitos estabelecimentos de saúde, públicos e privados, vão passar por grandes dificuldades neste cenário.

Outro aspecto do atual momento, é que muitos pacientes vão perder seu plano de saúde e passar a utilizar o Sistema Único de Saúde, que já está com seus recursos extremamente limitados. Cirurgias muito complexas, que envolvem órteses e próteses caras, serão cada vez mais limitadas no SUS. Já no sistema privado, enquanto os planos de saúde mais bem estruturados, sobreviverão repassando aumentos acima de 15% por ano para seus usuários, os planos menores, com a migração dos usuários para o SUS e o aumento da sinistralidade de uma população menor, passarão por dificuldades crescentes.

Como preparar sua empresa para crescer e triunfar neste cenário?

Aguarde o próximo post do meu Blog Empreendedorismo e Inovação, que deveria passar a se chamar Superando a Crise.

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Obrigado,

Fernando Cembranelli

MD/MBA

Chief Knowledge Officer

Live Healthcare Media

TAG: Colunas crise