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Reavalie se tens mesmo um grupo de hospitalistas

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O termo hospitalista é novo não apenas por aqui. Foi cunhado nos EUA por Robert Wachter em 1996. Ou seja, foi ontem, mesmo em se tratando de história da medicina. A Society of Hospital Medicine (SHM) tem menos de 20 anos, considerando a época que era National Association of Inpatient Physicians. Como SHM, foi lançada apenas em 2003. Até hoje discutem o que chamam de “Hospitalists' Scope of Practice”. Há debates constantes, por vezes calorosos. São muitas as controversas e dúvidas. Talvez por isso, a SHM opte pela divulgação de definições tidas por muitos como gerais ou até vagas demais. Recentemente revisei minha forma de definir hospitalista (leia aqui).

O certo é que há alguns características além das apontadas nas definições mais comumente encontradas a partir das quais os resultados parecem ser melhores. Por isso, reavalie se tens mesmo um grupo de hospitalistas, ou pelo menos se não podem fazer melhor, se:

a) não assumem pacientes clínicos próprios ou efetivamente dividem responsabilidade com cirurgiões (sendo cada um protagonista na sua área);

b) limitam atuação apenas ao cuidado direto de pacientes individuais, atuando pouco nas questões “sistêmicas” da organização;

c) não estão envolvidos em nenhum comitê ou comissão hospitalar;

d) não são capazes de reunirem-se com facilidade no hospital, viabilizando ou facilitando reuniões, brainstormings ou simplesmente troca de ideias, intra-grupo ou com terceiros;

e) desconhecem importância de listas de verificação, debriefings, análises de causa raiz, ou não têm na ponta da língua seus próprios indicadores assistenciais ou dos setores em que atuam;

f) não possuem sensação completa de pertencimento ao projeto, que inclui não apenas o sentimento de pertencer ao hospital, mas também acreditar que a instituição lhes pertence, e que vale a pena, portanto, interferir na suas rotinas e rumos.