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Qual é o foco das empresas ao investir em programas de saúde

Article-Qual é o foco das empresas ao investir em programas de saúde

Pesquisa global aponta as estratégias das empresas ao investir em programas de promoção de saúde

A consultoria americana Buck realiza a cada dois anos uma

pesquisa mundial denominada “Working Well: A Global Survey of Health Promotion,

Workplace Wellness and Productivity Strategies” que contou na 6.a edição,

lançada em julho de 2014, com a participação de 1041 organizações de 37 países

de todos os continentes.

A pesquisa revelou que as principais razões para implementar

programas de promoção de saúde na America Latina são a melhoria do engajamento

dos trabalhadores, da saúde e segurança no trabalho e dos níveis de

produtividade com redução do absenteísmo e do presenteísmo, ao contrário dos

Estados Unidos onde a razão número um é o controle dos custos de assistência

médica.

Com relação aos tópicos abordados prioritariamente nos

programas, na America Latina se destacam a segurança no ambiente de trabalho, o

gerenciamento do stress, a melhoria do ambiente psicossocial, a promoção da

atividade física e a alimentação saudável. Os dados globais destacam como

principais tópicos o stress e a atividade física.

A pesquisa constatou que, predominantemente a área de

recursos humanos é a responsável pelos programas de promoção de saúde seguido

do setor de saúde e segurança no trabalho. Neste contexto, as atividades

predominantes são a adoção de políticas de RH (horário flexível, teletrabalho,

home office) seguidas das ações de comunicação, campanhas de vacinação e

programs de ergonomia do ambiente de trabalho.

Os participantes foram questionados sobre sua opinião em

relação às ações que possuem uma tendência forte de se tornarem relevantes nos

programas. Se destacaram as atividades de telemedicina, coaching telefônico em

estilo de vida, cuidados com as crianças (creches), equilíbrio vida pessoal e profissional

(incluindo suporte financeiro, social) e outras ferramentas on line. É

interessante citar que em várias regiões do mundo, como os Estados Unidos e a

Asia as ações que estimulam o deslocamento para o trabalho com bicicleta tem

ganhado grande destaque, assumindo a posição número 2 como “top trend”.

A pesquisa constatou um aumento no número de respondentes

que relataram avaliar a participação e satisfação nos programas e isso é feito

predominantemente internamente pelas organizações. Os desfechos mais

valorizados pelos respondentes foram o custo médio por empregado de assistência

médica, indicadores de saúde e segurança no trabalho e participação nas

atividades.

Muitas organizações estão caminhando para implantar uma

“cultura de saúde”, mas somente um terço referiram já ter atingido este

objetivo.

Apesar desta pesquisa ter um viés de seleção, pois reflete

somente a opinião dos participantes e não reflete, necessariamente, o cenário

global, traz informações importantes para os gestores dos programas de promoção

de saúde nas empresas.

Os gestores dos programas precisam conhecer as necessidades

das organizações para que elaborem suas estratégias. A parceria com a área de

recursos humanos é fundamental, assim como a integração entre as áreas

assistencial e ocupacional buscando sinergia nas intervenções e avaliação dos

desfechos de maneira adequada. A pesquisa tornou clara que é muito difícil que

qualquer programa seja implementado com sucesso por um provedor externo (seja

consultoria, corretora, plano de saúde ou empresa contratada) sem o

envolvimento decisivo da liderança da organização.