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Onde a tecnologia e o cuidado se encontram?

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O papel da Tecnologia da Informação na Assistência à saúde e como ela deve evoluir ao longo dos anos.

Há algum tempo, o software para hospital tinha uma única função principal, a gestão do negócio. O que se via eram módulos de faturamento, contas a pagar e receber, cálculo de folha e tarefas administrativas sendo geridas através dele. O corpo clínico e os computadores, portanto, viviam em mundos diferentes dentro da mesma instituição.

Como muito da prática médica é sobre coletar e analisar informações, a Tecnologia da Informação passou a ter um papel crítico também na assistência a saúde. O surgimento de softwares especializados para o corpo clínico criou a necessidade de um novo olhar sobre os provedores de saúde no que diz respeito à tecnologia, agora onipresente na organização.

Os benefícios da informatização na assistência à saúde são inúmeros. Tantos que o governo americano estabeleceu, em 2009, o que foi chamado de HITECH (Health Information Technology for Economic and Clinical Health), que distribuiu mais de U$ 20 bilhões para adoção de prontuário eletrônico do paciente em hospitais e consultórios médicos e impulsionou a TI para saúde no mundo inteiro com esse reconhecimento de importância da área.

O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é uma ferramenta tecnológica crucial para extrair plenamente esses benefícios. Além de centralizador da informação dos pacientes, ele se tornou um aliado do médico na prática diária. Hoje, esses sistemas geralmente são equipados com ferramentas de apoio a decisão clínica, que indicam possíveis interações medicamentosas e até auxiliam no diagnóstico através de referências de casos similares. Sem contar no acesso fácil a resultados de exames e imagens, evitando, inclusive, solicitações desnecessárias.

E com adoção crescente de softwares pelo corpo clínico, sobretudo o Prontuário Eletrônico, as instituições acabaram se transformando em grandes geradores de dados de saúde estruturados. O que antes estava amontoado no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) em pastas e papéis embolorados, agora é largamente disponível de forma informatizada. Esse é o contexto certo para se aplicar o termo Big Data, contribuindo não só para gestão inteligente do próprio hospital e a saúde populacional do país, como avanços científicos na medicina, por análises e interpretação desse crescente conjunto de dados.

Essa aproximação do corpo clínico e da TI é irreversível e muito proveitosa para todo o sistema de saúde, o que, no final das contas, significa melhoria no cuidados dos seres humanos. Mas novas soluções trazem novos desafios: temas como nuvem de dados, cibersegurança e interoperabilidade devem fazer parte da agenda dos gestores da área saúde para que seja possível habilitar todo o potencial da informática nesse ambiente de múltiplos players e informações sensíveis e confidenciais protegidas por leis.

Para citar um caso real, em fevereiro desse ano, o hospital Hollywood Presbyterian Medical Center foi atacado eletronicamente através de uma técnica chamada de ransomware, onde os criminosos implementaram um software malicioso que bloqueava o acesso a registros médicos de pacientes, obrigando o uso de uma senha para o desbloqueio. Esse sequestro, digno de Hollywood, se repetiu em outras instituições e vem acontecendo com alguma frequência nos EUA. Além disso, o mercado negro paga até 100 dólares por informações médicas roubadas para prática de crimes como fraude ao seguro saúde.

Por isso, uma área de competência antes valorizada majoritariamente pelo mercado financeiro, está invadindo o setor de saúde. Tão importante quanto o saldo bancário, a proteção aos dados de saúde, confidenciais por lei, tem elevado a importância da cibersegurança para área. E não só isso, mas quando o uso de softwares de saúde é crucial para o atendimento, é preciso garantir que, além de não serem roubados, os dados não sejam danificados, comprometendo o funcionamento de toda a instituição.

No suporte a toda operação de TI dentro de um provedor de saúde, existe ainda a preocupação com a infraestrutura tecnológica. É comum observar salas climatizadas com servidores caros dentro de instituições para cumprir esse papel. A tendência, no entanto, é que essas estruturas sejam menos comuns. Empresas estão direcionando suas ofertas de Cloud Cumputing (nuvem) para o mercado de saúde com foco em redução de custos, redundância, fácil gerenciamento e segurança - indo de encontro com a demanda do setor.

A interoperabilidade também é um ponto importante na informatização da saúde. Dentro de um hospital existem muitos players interdependentes, como operadoras, centros de diagnóstico e laboratórios. A comunicação eletrônica entre eles é fundamental para otimização do workflow de atendimento ao paciente, consolidação dos dados clínicos e até o acesso de histórico médico entre diferentes instituições. Para isso, existem padrões para transmissão e semântica de dados estabelecidos por órgãos como o Instituto HL7 e o IHE, que trabalham para que a interoperabilidade seja possível.

O hospital do presente requer uma visão holística de TI - da implementação do software certo e interoperável à infraestrutura. E isso, no Brasil, vem de encontro com a profissionalização do setor, que está empoderando cada vez mais o gestor de tecnologia, agora mais próximo do profissional de saúde.

Pensando neste contexto, o Hospital Innovation Show unirá as maiores lideranças do setor de saúde para discutir Inovação, Tecnologia e tendências para o setor de saúde. E, dado o papel da Tecnologia da Informação, uma trilha de conteúdo será dedicada ao tema. Nas próximas páginas, você verá ainda entrevistas  e matérias que nos inspiraram a criar este encontro, que já foi em 2015 e promete continuar sendo um dos maiores pontos de discussão do tema na América Latina.

Esses e outros tópicos serão debatidos por líderes referências do setor no maior trade show de inovação em saúde da América Latina, o Hospital Innovation Show, em uma trilha de conteúdo específica para TI (Para saber mais, clique aqui). Venha conversar sobre usabilidade, interoperabilidade, nuvem e cibersegurança nos dias 27 e 28 de setembro em São Paulo e extraia todo o potencial da TI para assistência a saúde em sua instituição.