A transformação digital tem trazido uma nova maneira de visualizar o futuro por meio da modernização de processos, tornado-os mais ágeis, eficientes e economicamente sustentáveis em todos os setores. No caso da área de saúde, a aplicação de soluções tecnológicas já é uma realidade não só no setor privado, como redes hospitalares, laboratoriais, planos de saúde e redes farmacêuticas como também no Sistema Único de Saúde (SUS).
É neste cenário que a Interoperas (Associação para Interoperabilidade na Saúde) trabalha. A entidade traçou um ambicioso planejamento estratégico para promover a interoperabilidade e, em cinco anos, pretende atingir a meta de 40 milhões de pessoas beneficiadas pela integração de seus diagnósticos médicos em uma única plataforma nacional, sem custo para o usuário. Ele consiste basicamente de um software e de um conjunto de banco de dados inter-relacionados que permitem armazenar, recuperar e analisar todos os dados clínicos gerados pela passagem do paciente no sistema de saúde, como identificação, sintomas, sinais, resultados de exames, medicamentos, cirurgias, atendimentos ambulatoriais, internações, entre outros.
Ele consiste basicamente de um software e de um conjunto de banco de dados inter-relacionados que permitem armazenar, recuperar e analisar todos os dados clínicos gerados pela passagem do paciente no sistema de saúde, como identificação, sintomas, sinais, resultados de exames, vacinações, medicamentos, cirurgias, atendimentos ambulatoriais, internações, entre outros.
A maioria dos Prontuários Eletrônicos dos Pacientes (PEPs) mais modernos também possuem características multimídia, ou seja, podem incorporar imagens médicas, sons e sinais fisiológicos, além de textos. Assim, a tendência é de que desapareçam o papel e o filme, e que a totalidade dos dados coletados sobre os pacientes possa ser incorporada ao prontuário. É o chamado paperless hospital. Embora a implantação de um PEP seja um processo muitas vezes de alto investimento, demorado e complexo, gradativamente os hospitais estão começando a adotá-lo. Diversas empresas já oferecem sistemas de PEP integrados aos Sistemas de Informação Hospitalar (SIH) ou para a informatização da saúde
Além de permitir planejamento e maior resiliência em momentos de crise sanitária, e um atendimento mais assertivo e ágil ao paciente, a Interoperas prevê uma economia de gastos de até 30%, cerca de R$ 200 bilhões do orçamento da Saúde, por meio da redução de exames e procedimentos redundantes. O avanço da digitalização em todos os setores da saúde possibilita que, em cinco anos, seja possível fazer com que mais de 40 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela integração de seus diagnósticos médicos em uma única plataforma, com informações de 80 diferentes serviços, realizados por duas mil empresas e entidades.
Marcelo Botelho, presidente da entidade, explica que – uma vez integradas ao prontuário eletrônico – as informações vão possibilitar a construção de uma Saúde que tem sustentabilidade financeira como foco para as organizações e mais efetiva para a qualidade de vida dos indivíduos. “Em uma sociedade cada vez mais digital e dependente de dados e análises para fornecer serviços mais rápidos e melhores, é estratégico que as pessoas tenham as informações sobre seu histórico de saúde, por exemplo, no seu celular”, acrescente. É fazendo uso de recursos tecnológicos, explica Botelho, que a Interoperas tem desenvolvido seus projetos tendo como alvo a área de saúde em seus amplos serviços e unidades operacionais.
