A equipe de biologia molecular da Dasa, grupo especializado em serviços auxiliares de apoio diagnóstico e referência no mercado de saúde brasileiro e internacional, acaba de descobrir e reportar um alelo variante, chamado D19, para a realização de testes de paternidade. A descoberta vai beneficiar laboratórios do mundo inteiro, que encontrarão o alelo já catalogado no STR Base (Short Tandem Repeat DNA – Internet DataBase), sempre que realizarem suas consultas para testes com esta finalidade.

O alelo é uma das diversas formas de um gene, que ocupa uma posição dentro do cromossomo, conhecida por lócus. Popularmente, é possível dizer que os alelos são “pedaços de DNA”. “Com base no estudo dos alelos, é possível designar se há herança genética oriunda do pai e da mãe”, afirma Daniela Moratori, coordenadora de identificação humana da Dasa.

O teste de paternidade estuda quinze pares de alelos do indivíduo e seu suposto pai. Quando há compatibilidade entre os alelos, significa que o resultado do teste é positivo. Mas quando pelo menos três pares de alelos são incompatíveis, descarta-se a possibilidade daquele ser o pai verdadeiro, biologicamente.

Conforme explica a especialista, a equipe da Dasa encontrou um alelo variante, diferente daqueles estudados habitualmente, e o submeteu a uma consulta no STR Base, que o reconheceu como novo. Com esta iniciativa, o alelo variante passou a fazer parte do banco, que disponibiliza consultas públicas para laboratórios do mundo inteiro.

“É muito gratificante saber que estamos prestando uma contribuição para a comunidade de biologia molecular, atuante no mundo inteiro”, afirma a coordenadora. Ela ressalta que, a partir de agora, todas as descobertas realizadas dentro da Dasa estão sendo submetidos à análise do banco e, sempre que sejam confirmados casos de alelos variantes, eles possam ser integrados ao Banco Mundial.