A Funasa empossou, nesta terça-feira (10), sua nova diretoria. O novo presidente da Funasa, Gilson de Carvalho Queiroz Filho, foi indicado com o apoio do ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias e o atual ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
Engenheiro civil com especialidade em engenharia sanitária, Gilson foi gerente de projetos da Sanag – Engenharia de Saneamento e participou de projetos de abastecimento de água e ampliação de sistemas da Copasa de Minas desde 2006 é presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas.
Os demais diretores da Funasa são: Flávio Marcos Passos Gomes Júnior (diretor-executivo); Antônio Henrique Pires (diretor do departamento de saúde ambiental); Marcos Mufarreg (diretor do departamento de administração); e Rui Gomide Barreira (diretor do departamento de engenharia de saúde pública).
A escolha por uma nova diretoria técnica foi feita após um acordo que envolveu os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, da Casa Civil, Antonio Palocci e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
A Funasa é um dos maiores problemas do governo federal. É uma das instituições responsáveis em realizar obras e ações de saneamentos nos municípios de até 50 mil habitantes para a prevenção e controle de doenças. Além disso, presta apoio técnico e financeiro no combate, controle e redução da mortalidade infantil e no combate a doenças causadas pela falta de saneamento.
Auditoria da Controladoria-Geral da União apontou desvios de R$ 500 milhões no órgão nos últimos quatro anos – a fundação estava sob o controle do PMDB desde 2005. O levantamento só agravou a relação entre petistas e pemedebistas no início da gestão Dilma Rousseff.
A troca de comando na Fundação e em outras áreas da Saúde, como a saída de Alberto Beltrame da Secretaria de Atenção à Saúde, foi o início do contencioso. Em uma reunião fechada, por muito pouco Alves e Padilha não brigaram fisicamente. Na época, o pemedebista reclamava “não ser justo e correto trocar pessoas competentes simplesmente porque elas não usavam uma estrela presa na lapela”.
No entanto, Dilma estava disposta a tirar do PMDB cargos estratégicos na administração federal para dar um choque de gestão em seu governo. Em outra reunião tensa na Casa Civil, Henrique Alves chegou a ameaçar uma debandada do PMDB. Diante disso, o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, não se intimidou e manteve a decisão presidencial.
A partir desse momento, o diálogo foi retomado. Segundo Alves, a composição da nova diretoria, com um perfil mais técnico, foi muito bem conduzida pelos ministros Padilha e Palocci. Foi a melhor saída para a fundação.
Um integrante do governo declarou que a nova diretoria da Funasa ganhou o apelido de “Polifunasa”, em referência ao grande número de engenheiros que assumiram os cargos na ultima terça-feira, (10).
De acordo com um integrante de alto escalão do governo federal, são pessoas que já exerceram cargos de direção ou que, em algum momento, trabalharam em parceria com a Funasa. Como elas têm experiências em obras, darão uma nova dinâmica à fundação.
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