Referência em ensino e pesquisa no âmbito materno-infantil, o Instituto Nacional Fernandes Figueira (IFF) consolidou um importante passo na formação e na qualificação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde. Em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) foi inaugurado no Instituto o 59º núcleo da Rede Universitária de Telemedicina (Rute).
O espaço conta com uma sala de videoconferência com equipamentos para conexão em banda larga que permitem assistência remota a pacientes e atividades de educação a distância, além de pesquisa colaborativa. Formada por 159 instituições, a Rute é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O evento de inauguração da Rute no IFF contou com a estreia do SIG de Medicina Fetal, coordenado pelo chefe da Obstetrícia, Fernando Maia.
O IFF foi a primeira unidade participante com o perfil diretamente voltado para atenção à saúde da mulher, da criança e do adolescente. Para o diretor do Instituto, Carlos Maciel, a parceria com a Rute trará avanços para todos os envolvidos: ?Como membro efetivo da Rute, teremos a possibilidade de ampliar as nossas ações na experimentação de novas estratégias de ensino. O primeiro SIG foi o do Banco de Leite Humano e agora estamos estreando o da Medicina Fetal. Em breve teremos a participação da Neonatologia e também o da Pediatria. Eu fico muito orgulhoso de ver essa expansão, pois acredito que desta forma efetivamos o nosso objetivo de ser um Instituto Nacional?.
Ainda no que diz respeito ao papel do IFF no cenário nacional, o vice-presidente de Ambiente, Promoção e Atenção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel, apontou a criação do Laboratório de Telessaúde como um aliado importante na democratização da informação. ?A partir do momento em que utilizamos a tecnologia para capilarizar o conhecimento por todos os cantos do país, promovendo a interação entre instituições, estamos contribuindo para o desenvolvimento equitativo da nação?, declarou ele.
Com a inauguração do núcleo do IFF, a Rute passará a ter 59 núcleos em operação em todo o Brasil. A iniciativa é considerada a maior do mundo. Existem ainda 50 SIGs (Grupos de Interesse Especial, na sigla em inglês) em várias especialidades da saúde em plena operação com 600 sessões/ano de vídeo e webconferências.
Segundo o coordenador da Rute, Luiz Ary Messina, o fomento a essas ações possibilita o desenvolvimento da educação e da pesquisa, além de facilitar a atenção à saúde no país. ?Com a interação de grupos de interesse, os especialistas discutem novas metodologias de tratamento e passam dados para colegas, profissionais de saúde e residentes. Dessa forma, estamos na linha de frente nessa atuação no mundo e, por isso, temos recebido o reconhecimento mundial da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS)?, afirma Messina.
O IFF já é um membro atuante em diversos SIGs. A partir de agora, com a inauguração do próprio núcleo, ?a ideia é facilitar a comunicação e a troca de experiência com os demais centros de referência nos grupos em que participamos, entre eles a Rede de Bancos de Leite Humano, envolvendo a participação de 23 países?, destaca a coordenadora do laboratório de Telessaúde, Angélica Baptista. ?E assim nós vamos conseguindo fazer a divulgação do conhecimento no uso tanto da assistência, quanto da gestão?, finalizou a coordenadora de informação e comunicação da Vice-Presidência de Ensino, Paula Xavier.
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