Profissionais médicos posicionam-se contra a medida anunciada nesta terça-feira (16) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que reduz os limites de iodo adicionado no sal de consumo humano. De acordo com a agência reguladora, há indícios de que o consumo excessivo da substância possa aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que tem entre seus principais sintomas fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.
Porém, para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia a decisão da Anvisa não é correta já que a redução excessiva do iodo no sal pode causar doenças ainda mais graves. Para a classe médica, o ideal seria estimular a população a reduzir o consumo do iodo no sal ao invés de reduzi-lo nos alimentos.
A norma vigente da agência fixa uma faixa entre 20 miligramas (mg) e 60 mg de iodo para cada quilo de sal. Com a nova resolução, a faixa de adição de iodo no sal permitida fica entre 15 mg e 45 mg. O tema entrou em consulta pública em 2011.