Médicos dinamarqueses descobriram que mães que haviam bebido 4,5 drinques, ou mais, por semana, durante a gravidez, interferiram diretamente na quantidade de esperma produzida por seus filhos, posteriormente. Segundo os pesquisadores, vinte anos, após o nascimento destes meninos, a concentração do esperma destes homens foi um terço menor em comparação às amostras seminais de homens que não foram expostos ao álcool, enquanto estavam no útero materno. A quantidade da bebida que pode interferir na fertilidade masculina foi determinada pelos estudiosos: 12 gramas de álcool, o equivalente a um 330 ml de cerveja, um pequeno (120 ml) copo de vinho ou um copo de aguardente (40 ml). Agora, com o estudo dinamarquês, acrescentamos outra razão para insistir na proibição de álcool durante a gestação pelas mulheres. Se a pesquisa dinamarquesa revelou que o consumo de álcool materno é uma das causas da baixa concentração de sêmen na descendência masculina, podemos estar mais perto de uma explicação para um fenômeno atual: o porquê a qualidade do sêmen pode ter diminuído, nas últimas décadas, em alguns grupos populacionais. Se a exposição ao álcool na vida fetal provoca baixa qualidade seminal na vida adulta, populações onde as mulheres grávidas consomem muito álcool apresentariam, de uma maneira geral, baixa fertilidade masculina, em comparação com populações onde as mulheres grávidas não bebem.
Prof° Dr. Joji Ueno, ginecologista, diretor da Clínica GERA.
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