Na tentativa de antever os resultados das cirurgias plásticas, médicos e pacientes têm utilizado softwares que simulam “uma plástica virtual”, que projetaria imagens com os resultados do procedimento a ser realizado. Assim, rinoplastias, cirurgias de aumento ou de redução de mamas e diversos outros procedimentos cirúrgicos “poderiam ter seus resultados avaliados”, antes mesmo de sua realização. A tecnologia auxilia muito a Medicina e a Cirurgia Plástica, mas ela não é capaz de reproduzir fielmente o efeito obtido na prática. O resultado de boa parte das cirurgias plásticas não depende apenas da habilidade do cirurgião ou do desejo do paciente. É preciso levar em conta as características anatômicas de cada paciente, o tipo de pele, a quantidade de colágeno, a presença de flacidez e os hábitos de vida de cada um para fazer suposições sobre o resultado final de uma cirurgia. É impossível garantir que o efeito obtido por meio destes simuladores será o mesmo do pós-operatório. E o médico deve deixar isto bem claro para o paciente. Cabe ao cirurgião plástico avaliar se a transformação física proposta pela intervenção cirúrgica permitirá ao paciente alcançar plenamente a satisfação psicológica, levando-se em conta todas as conseqüências de um ato cirúrgico, como cicatrizes e a mudança de formas e contornos.
Ruben Penteado, cirurgião plástico, diretor do Centro de Medicina Integrada.
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