Os trabalhadores da Fiocruz, em greve há sete dias, farão nova assembleia nesta segunda-feira (13/8) para avaliar o posicionamento. A decisão pela paralisação das atividades foi tomada em assembleia geral, no dia 1º de agosto, como parte do movimento que reivindica a valorização do servidor público, melhorias salariais e na carreira. O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc) esclarece que a paralisação deve prosseguir até que o governo apresente uma proposta em atendimento às reivindicações da categoria. Aponta ainda que, desde o pagamento do último reajuste concedido aos servidores da Fundação, em 2009, houve uma desvalorização dos salários de cerca de 20%, o que acarretaria três anos de perdas salariais.
Os serviços essenciais, como os atendimentos médicos e a produção de vacinas e medicamentos, dentre outros em andamento, serão mantidos durante o período de greve, obedecendo regimes de plantão acordados com as diversas unidades da Fiocruz.
Negociações
Funcionários da Fundação, em todo o país, fizeram paralisações progressivas a partir da última semana de junho – o último período foi nos dias 10, 11 e 12 de julho. No encontro da Asfoc com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em 30 de julho, este sinalizou que uma proposta para todos os servidores só deverá ser apresentada entre os dias 13 e 17 deste mês.
O movimento dos servidores luta por avanços nos processos de negociação e a apresentação de propostas por parte do governo. Na pauta de reivindicações está a busca por uma política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário-base e incorporação das gratificações; paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas; reajuste dos benefícios; definição da data-base em 1º de maio.
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