Data comemorativa visa conscientizar a população feminina sobre a importância dos exames periódicos para diagnóstico precoce da enfermidade
No dia 27 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Luta Contra o Câncer. Muitas mulheres morrem anualmente em decorrência de algum tipo de câncer, o que poderia ser amenizado com diagnóstico precoce da doença. Para isso, o oncologista Selmo Minucelli, do laboratório Pasteur, orienta que as mulheres cuidem sempre da saúde, para evitar o desenvolvimento de enfermidades. “O ideal é consultar um ginecologista pelo menos uma vez ao ano e fazer exames periódicos”, indica.
Doenças como câncer de mama, que de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) é maior causa de morte por câncer entre mulheres, podem ser tratadas de maneira eficaz quando descobertas precocemente. Segundo o INCA, no Brasil, as taxas de mortalidade deste tipo de enfermidade continuam elevadas, porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados.
Outra patologia que acomete mais frequentemente as mulheres é o câncer de colo de útero. Dados do INCA revelam que este câncer é o segundo mais comum entre a população feminina, sendo responsável por 18 mil novos casos por ano.
Dentre alguns métodos de diagnóstico dessas doenças, os mais comuns são a mamografia e a citologia oncótica (papanicolau). “A partir da primeira menstruação procedimentos, como a avaliação das mamas e de alterações no tecido do colo do útero devem ser realizados”, explica o médico.
Dr. Selmo lembra que as mulheres devem realizar a mamografia pela primeira vez entre os 35 e 40 anos de idade e, após isso, se submeter a controles anuais a partir dos 40 anos. “Caso exista um diagnóstico da enfermidade na família, é preciso começar os exames 10 anos antes da idade em que o câncer foi detectado no parente de primeiro grau. Ou seja, se a mãe teve câncer de mama aos 35 anos, as filhas devem fazer a mamografia aos 25 anos”, destaca o oncologista.
Já o Papanicolaou, principal teste para detecção do câncer de colo uterino, é indicado para mulheres entre 25 e 64 anos. “O exame deve ser feito anualmente com uma frequência de dois anos consecutivos. Após este período se não forem detectadas neoplasias intra-epiteliais ou sinais citológicos de infecção por HPV, a mulher pode realizar o teste a cada três anos”, esclarece.
Além destes exames, o especialista recomenda que as mulheres a partir dos 20 anos se preocupem com a saúde periodicamente, verificando níveis de colesterol, triglicérides, glicemia, atividades cardíacas e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).