Você sabe identificar se a clínica que vacina seu filho atende às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa? Quais as exigências para o funcionamento correto de uma clínica? Você sabe como devem ser guardadas as vacinas até a hora da aplicação? Para responder essas e outras questões a Sociedade Brasileira de Imunizações montou a clínica-modelo, aberta à visitação durante a 14ª Jornada Nacional de Imunizações que tem como tema central “Indivíduo imunizado, coletividade protegida”.

“Armazenagem e manuseio de vacinas; controle contínuo da temperatura; técnicas de aplicação e registro correto de dados, além da higiene, claro, estão entre os quesitos determinados pela Anvisa e por outros órgãos de saúde. Abrir mão de um deles pode comprometer a proteção que se pretende”, destaca o médico Renato Kfouri, presidente da SBIm. “Vamos demonstrar, na prática, os cuidados e procedimentos obrigatórios”, destaca Kfouri.

Fique por dentro

Os cuidados necessários para manter a qualidade da vacina vão desde a escolha da agulha ideal para aplicação, até técnicas que ajudam a diminuir a dor, evitando reações adversas, passando pelo armazenamento e a conservação, sem esquecer o transporte.

A enfermeira especialista em saúde pública, Mirian Moura, que está à frente do projeto, afirma que “é importante que os profissionais da área também conheçam as técnicas operacionais para utilização do refrigerador, das caixas térmicas, das bobinas de gelo reciclável, seringas e agulhas, além da caixa para descarte de materiais”.

Com tais critérios é possível garantir que a vacina tenha a mesma qualidade da época em que foi fabricada até o momento da aplicação, o que significa manter sua capacidade de gerar proteção contra vírus e bactérias.

Mas nem todas as medidas de segurança e regas estão acessíveis apenas a quem trabalha na área. Veja algumas dicas úteis para avaliar o serviço de vacinação:

• Vacinas não podem ser armazenadas em refrigeradores tipo “duplex” ou em frigobar, equipamentos que não oferecem a estabilidade de temperatura necessária à boa conservação.

• O controle eficiente da temperatura deve ser feito com termômetro digital, com verificação de “máxima” e “mínima”.

• O manuseio das vacinas deve ser feito sobre bancada ou mesa laváveis.

• Agulhas e seringas devem ser descartadas em caixa própria para material perfurocortante, medida que evita acidentes.

• As lixeiras para descarte de algodão e outros materiais contaminados devem ter tampa acionada por pedal.

• Toda vacina aplicada deve ser registrada na caderneta de vacinação, com: data de aplicação; identificação da vacina, incluindo o número do lote; dose correspondente; nome do laboratório produtor; rubrica do vacinador; número de seu registro profissional; data de retorno.

“No espaço da clínica-modelo também serão realizadas oficinas para médicos e enfermeiros com orientação sobre aplicação correta de vacinas, forma adequada de descarte de seringas e outros materiais, manutenção da cadeia de frio – cuidado essencial para a conservação adequada de vacinas – entre outros temas”, adiantou Renato Kfouri.

A Sociedade Brasileira de Imunizações tem um programa de acreditamento de clínicas que atesta que o serviço de vacinação está regularizado conforme as normas do Ministério da Saúde e das secretarias estadual e municipal de saúde. Para conhecer a relação de clínicas acreditadas pela SBIm acesse www.sbim.org.br/clinicas-acreditadas.

A 14ª Jornada Nacional de Imunizações vai reunir mais de 800 profissionais da saúde que durante os quatro dias vão discutir os avanços no controle de doenças infecciosas cuja prevenção pode ser feitas com vacinas. Essa é a primeira vez que o evento é realizado em Salvador.

SERVIÇO:

14ª Jornada Nacional de Imunizações

Local: Hotel Pestana

Rua Fonte do Boi, n. 216

Rio Vermelho

Salvador – Bahia