Parecer de Comitê da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) é passo importante para disponibilização do bevacizumabe para o tratamento de câncer de ovário, doença que apresentou poucos avanços na última década

O Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) emitiu um parecer positivo para o uso de Avastin® (bevacizumabe) para câncer de ovário. A aprovação final da Comissão Europeia é esperada para ainda este ano. A avaliação se deu no uso do bevacizumabe em combinação com quimioterapia padrão (carboplatina e paclitaxel) como tratamento de primeira linha para mulheres com câncer de ovário avançado.

O câncer de ovário é o mais mortal dos tipos de câncer ginecológicos e o mais difícil de ser diagnosticado precocemente. Aproximadamente 140.000 mulheres morrem da doença a cada ano. No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é que 3.837 pessoas sejam diagnosticadas com a doença em 2011, a maioria em estado avançado.

Em um cenário com poucos avanços na última década, Avastin® (bevacizumabe) tem demonstrado em dois estudos de Fase III (GOG0218 e ICON7) que as mulheres que receberam a combinação de Avastin® (bevacizumabe) e quimioterapia e que, a seguir, continuaram recebendo Avastin® (bevacizumabe) somente, viveram mais tempo sem o agravamento da doença (sobrevida livre de progressão) em comparação com aquelas que receberam quimioterapia somente. O número passou de 10,3 meses para 14,1 meses no estudo GOG-218. No Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO) 2011, foram apresentados os resultados da análise de subgrupo da população com doença avançada do ICON7 (semelhante à população do GOG218), a pedido de agência regulatória. Nessa análise, a sobrevida global foi de 28,8 meses versus 36,6 meses (p=0,002), sem e com bevacizumabe, respectivamente.

“A opinião positiva do CHMP é uma grande notícia para as mulheres com câncer de ovário avançado, que precisam de opções de tratamento mais eficazes”, disse o Dr. Hal Barron, Diretor Médico e Chefe de Desenvolvimento de Produto Global. “A aprovação do Avastin® (bevacizumabe) seria um desenvolvimento significativo neste cenário, no qual poucos avanços de tratamento têm sido observados há mais de uma década.”

No Brasil, o medicamento aguarda aprovação por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a mesma indicação.

Sobre o câncer de ovário

O câncer de ovário é o oitavo câncer mais comumente diagnosticado em mulheres, sendo a sétima causa de morte por câncer entre as mulheres no mundo. Anualmente, mais de 220.000 mulheres são diagnosticadas com câncer de ovário em todo o mundo e aproximadamente 140 mil morrerão da doença.¹ A cirurgia para remover o máximo possível do tumor é um dos pilares do tratamento mas, infelizmente, a maioria das pacientes são diagnosticados com a doença em estágio final (quando o câncer cresceu e se disseminou), requerendo tratamento adicional.

Sobre o Avastin® (bevacizumabe): Modo de Ação

Avastin® (bevacizumabe) é um anticorpo que se liga especificamente e bloqueia os efeitos biológicos do VEGF (fator de crescimento endotelial vascular). O VEGF é o principal motor da angiogênese do tumor – um processo fundamental necessário para o crescimento e disseminação do tumor para outras partes do corpo. O modo preciso de ação de Avastin® (bevacizumabe) permite que seja combinado de forma eficaz com uma ampla gama de quimioterapias e outros tratamentos anticâncer. Avastin® (bevacizumabe) ajuda a controlar o crescimento do tumor e a prolongar a sobrevida, com impacto apenas limitado sobre os efeitos colaterais da quimioterapia.

Sobre a Roche

Com sede em Basiléia, na Suíça, a Roche é uma das líderes mundiais na pesquisa de produtos para a saúde, atuando fortemente e de modo combinado nas áreas farmacêutica e de diagnóstico. A Roche é a maior empresa de biotecnologia do mundo, e tem medicamentos realmente diferenciados para as áreas de oncologia, virologia, inflamação, metabolismo e SNC. Além disso, a Roche é líder mundial em diagnóstico in vitro e no diagnóstico tecidual de câncer, e pioneira no tratamento do diabetes. A estratégia de medicina personalizada da Roche tem como foco o fornecimento de medicamentos e ferramentas de diagnóstico que possibilitem melhoras tangíveis na saúde, qualidade de vida e sobrevida dos pacientes. Em 2009, a Roche tinha mais de 80.000 funcionários em todo o mundo, e investiu quase 10 bilhões de francos suíços em P&D. O Grupo registrou vendas de 49,1 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é uma subsidiária integral do Grupo Roche. A Roche tem participação majoritária na Chugai Pharmaceutical, do Japão. Mais informações na página: www.roche.com.br.