Com as quedas bruscas de temperatura e o ar seco das grandes cidades, as crianças sofrem por conta do desencadeamento de crises decorrentes do vírus da gripe e com as infecções das vias aéreas. Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial (ABROL-CCF), os casos de problemas respiratórios aumentam em cerca de 40% nessa época do ano.
A pediatra Maria da Glória Neiva, diretora médica da Clínica da Primeira Idade, afirma que mudanças de hábito decorrentes do início do inverno colaboram para prejudicar a saúde, pois é nessa estação que as pessoas tendem a procurar opções de lazer em locais fechados e aglomerados ou mantêm as casas com portas e janelas fechadas para evitar a entrada do frio.
Estudos mostram que a população passa cerca de 86% do tempo em ambientes fechados, seja no ônibus, na escola, no trabalho ou no shopping. “A aglomeração de pessoas nesses ambientes favorece a incidência de doenças respiratórias infecciosas transmitidas pelo ar”, diz a especialista.
De acordo com Glória, as crianças menores de 2 anos são as mais suscetíveis a contrair alguma doença respiratória, que representa a principal causa de internação nesse período. “Durante o inverno, o número de atendimento nas emergências e de internações cresce, principalmente entre lactentes, por isso, é fundamental tomar algumas medidas de prevenção”, alerta ela.
Atitudes que mantenham a imunidade e o bom funcionamento do organismo já ajudam bastante a manter as crianças longe dos vírus e da contaminação. A pediatra dá as dicas: garantir boa alimentação, ingerir líquidos, ficar atento ao calendário de vacinas, evitar lugares fechados, praticar bons hábitos de higiene, evitar alérgenos (presentes em tapetes, roupas e cortinas, entre outros locais) e manter a casa limpa e arejada ajudam a alcançar o bem-estar nesse período.