Dores de cabeça constantes podem ser mau sinal. Rápido diagnóstico e tratamento correto evitam piora no quadro clínico
Se aquela dorzinha de cabeça não quer ir embora depois de vários dias de incômodo, vale ampliar a atenção. A cefaleia é uma das maiores queixas nas consultas médicas, principalmente entre as mulheres. A cada homem que reporta dor de cabeça, três pacientes do sexo feminino têm a mesma reclamação.
O primeiro passo para lidar corretamente com o problema é procurar um médico. “Dores de cabeça diárias trazem elevado grau de preocupação, pois podem revelar causas secundárias ou constituir sinais de cronificação da doença, que é de difícil tratamento”, explica Dr. Carlos Tauil, neurologista da Amil. O uso de analgésicos costuma mascarar quadros mais graves e levar à piora da cefaleia primária, prejudicando o sono, a concentração e o humor do indivíduo.
Para Compreender – A cefaleia primária é o tipo mais comum das dores de cabeça. As mais frequentes são as tensionais – associadas à tensão muscular, as migrâneas – enxaquecas – e aquelas em salvas – dores agudas que tendem a ocorrer em determinados períodos.
Já a secundária origina-se de acidentes vasculares, hemorragias intracranianas, infecções do sistema nervoso central, entre outros casos graves. Há situações de dores tão fortes que o indivíduo apresenta náusea e vômito.
No caso da enxaqueca, reclamada em sua maioria por mulheres. “A migrânea, como é atualmente conhecida, é uma dor latejante que predomina em um dos lados da cabeça e pode causar náusea, sensibilidade à luz e ao som”, revela o neurologista. A crise aguda pode demandar até mesmo medicação injetável. “O acompanhamento especializado é necessário para evitar a piora do quadro. Entre as medidas tomadas, quando há a constatação do diagnóstico, é a prescrição de medicações específicas e a orientação de uma dieta com menos sódio, álcool, frutas ácidas e cafeína”, conclui o neurologista.