Quinze dos maiores pesquisadores e professores de Cardiologia dos Estados Unidos começam a ministrar neste sábado, dia 4, no ‘WTC Sheraton de São Paulo’ o mais importante curso de cardiologia do mundo que, há 45 anos, apresenta nos EUA o ‘estado da arte’ e a evolução das pesquisas sobre as doenças cardíacas. O curso só começou a ser ministrado na América Latina no ano passado e esta é a segunda vez que se realiza no Brasil, voltado para os médicos brasileiros e do restante do continente, que também se inscreveram para acompanhar o evento promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Os temas a serem debatidos indicam a velocidade com que evolui o conhecimento sobre o coração no mundo inteiro, pois haverá aulas sobre ‘Novas descobertas no diagnóstico e tratamento da aterotrombose’, ‘Doença macro/micro vascular subclínica – do cérebro ao coração’, ‘A conexão entre o diabetes e a obesidade – estamos prontos para a cirurgia bariátrica?’, ‘Stents coronarianos, uma ciência em evolução’, ‘A prevenção do derrame, além da anticoagulação’, ‘Novas diretrizes na abordagem do alto nível de colesterol’, ‘Evolução do tratamento em ambulâncias para o salvamento do miocárdio’, tema este muito importante, porque a velocidade de atendimento é vital para salvar a vida do infartado, levando à nova tendência, o tratamento ainda na ambulância, antes mesmo de chegar ao hospital.
Os 15 cientistas e pesquisadores que ministram o curso nos Estados Unidos já estão em São Paulo, entre eles Valentim Fuster, coordenador do curso’, Eric Bates, Robert Bonow, Steve Ommen, Clyde Yancy, Roberto Harrington e Vivek Reddy, entre eles.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Jadelson Andrade, explica que enquanto a maioria dos congressos e simpósios discute o que está ocorrendo na Cardiologia, o evento que agora acontece no Brasil, é uma antecipação do futuro, indica que instrumentos estão surgindo e o que os cardiologistas podem esperar da ciência para combater a verdadeira epidemia de mortes, que hoje mata 315 mil brasileiros a cada ano e 17 milhões de pessoas no mundo.
Para o cardiologista, o envelhecimento da sociedade brasileira, com milhões de pessoas atingindo a faixa etária onde o coração se torna um risco importante, o aumento da obesidade e da hipertensão entre os jovens e a multiplicação dos casos de diabetes fazem prever um crescimento tão grande dos problemas cardíacos, “que os médicos precisam se preparar para o futuro, e é com esse intuito de capacitação do profissional que a Sociedade Brasileira de Cardiologia trouxe o curso do professor Valentim Fuster para o Brasil”.
Jadelson ressalta como perspectiva do futuro a conferência de encerramento, que Valentim Fuster fará às 17 horas de domingo, dia 5, e cujo tema é ‘Uma perspectiva da regeneração genética e de tecidos em 2013’, durante a qual exporá os avanços e possibilidades de, no futuro próximo, se tornar viável a recuperação do tecido do coração afetado por um infarto.