A incidência de acidentes com animais peçonhentos deve aumentar nesta época do ano. No verão, devido às chuvas, os animais tendem a buscar por locais secos. A época de férias também é um fator determinante, pois a exposição às situações de risco aumenta, como fazer trilhas em parques e florestas não estando calçado adequadamente, o descuido em locais litorâneos e na própria residência.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2011, 139 mil casos de acidentes com animais peçonhentos foram registrados em todo o país. No Distrito Federal ocorreram 702 acidentes, dentre eles 362 casos com escorpiões, sendo o acidente de maior incidência no DF. No ano de 2011, 293 óbitos foram causados por estes animais. Picadas de serpente representaram a maior ocorrência, totalizando 293 óbitos.
De acordo com o clínico geral do Hospital Santa Luzia, Dr. David Pedrosa, os casos de acidente por animais peçonhentos devem ser tratados com urgência e a vítima deve ser levada ao hospital imediatamente. “Identificar o animal que causou o acidente é imprescindível para o tratamento. Cada animal define o tratamento específico que deve ser feito e pode indicar a gravidade da situação” comenta o especialista. Em casos em que não é possível capturar o animal, apresentar características, como cor e tamanho, pode ajudar na hora de indentificar o causador do acidente. para identifica-lo.
O primeiro atendimento às vítimas de acidentes com animas peçonhentos deve ser feito no hospital com profissionais capacitados. “O que se pode fazer em casa é lavar com água corrente e sabão, nada além disso” afirma Pedrosa. Vários costumes populares são usados erroneamente, como por pó de café sobre a picada e aplicar torniquetes no membro ferido, o que é prejudicial à vítima e contra indicado pelos médicos. “Sugar o veneno com a boca põe em risco o paciente e o socorrista. O melhor a ser feito é tranquilizar o ferido, deixá-lo em repouso e encaminhá-lo imediatamente ao hospital” conclui o médico.