Pacientes, médicos cuidadores, autoridades da Saúde, ativistas, integrantes de Universidades e advogados estiveram reunidos durante dois dias, em São Paulo, para debater as políticas públicas em torno da prevenção, acesso rápido ao diagnóstico e tratamento adequado universal. O 2º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer reuniu mais de duas mil pessoas, de 23 Estados, que participaram de palestras, treinamentos, sessões de networking e visitas a estandes de dezenas de entidades que trabalham com portadores e da doença.
Os painéis, realizados em quatro salas, destacaram uma série de temas relevantes para a prevenção e tratamento de tumores, como a inovação científica e tecnológica, a gestão dos recursos da Saúde, financiamento, acesso ao tratamento pelo SUS, terapias, alternativas, fatores de risco, dor oncológica, cuidados do paciente, apoio a familiares e cuidadores.
Todas as palestras e discussões serão disponibilizadas no site do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer – www.todosjuntoscontraocancer.com.br – para estimular a troca de informações entre os participantes e demais entidades que não puderam comparecer. “O desafio, agora, é continuar o engajamento, motivar a sensação do compartilhar o que está sendo feito pelos parceiros”, afirma a presidente da Abrale, Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, diretora do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, Merula Steagall.
Durante o Congresso foi apresentado o Observatório de Oncologia, iniciativa global inédita, colaborativa, gratuita e dinâmica, com a proposta de levantar e cruzar dados oficiais para políticas públicas, monitorar e compartilhar números sobre todos os tipos de câncer. “A ferramenta vai permitir trabalhar com inteligência e retirar informações fundamentais para o enfrentamento do câncer no Brasil”, afirma Merula Steagall. “A plataforma será extremamente útil para monitorarmos, também, as conquistas das propostas do Todos Juntos Contra o Câncer”, ressalta a presidente da Abrale.
Os dados abrangem informações abertas oficiais entre 2008 e 2013 (últimos dados consolidados disponíveis). A análise dos números leva em consideração questões biológicas, rede assistencial, o momento do diagnóstico e a demografia. O site do observatório terá o acesso liberado nos próximos dias, pelo endereço www.observatoriodeoncologia.com.br