São Paulo, maio de 2013 – No próximo domingo, dia 12 de maio, é comemorado o Dia das Mães. Uma das datas mais importantes e lembradas de todo o ano. E, pensando nas gestantes e mamães de primeira viagem, a coordenadora do serviço de fonoaudiologia do hospital San Paolo, Sandra Petit, especializada em aleitamento materno, esclarece algumas dúvidas e destaca 7 mitos sobre a amamentação.

Durante o período da gestação, tanto o médico que acompanha a gestante, como os próprios pais, estão totalmente voltados para a gravidez como o crescimento do bebê e as boas condições clínicas da mãe, para que o momento tão esperado, o nascimento, ocorra de forma tranquila e sem problemas. “Porém, muitas vezes os pais não recebem as orientações necessárias para saber o que fazer quando estiverem com o bebê em seus braços. Desconhecem também algumas informações que são fundamentais para que o aleitamento materno ocorra da forma mais agradável e fácil para a mãe e o bebê”, explica Sandra Petit.

Para muitas pessoas, a imagem de que amamentar é uma coisa simples e natural, pode ser quebrada quando o bebê não consegue mamar, ou quando a própria mãe sente dificuldades e dor ao tentar amamentar. “E essa é uma situação comum. Mas é muito importante lembrar, que, este é um momento de aprendizagem tanto para a mãe quanto para o bebê e que pode, realmente, não ser uma coisa tão simples assim”, completa a fonoaudióloga.

Para quebrar alguns mitos Sandra Petit, destaca sete informações básicas:

1. Em primeiro lugar, a mulher está muito sensível após o parto, necessitando de atenção e cuidados, tanto quanto o bebê, pois a mãe está sentindo dor e está diante de uma nova experiência, onde tudo é novo e mágico, mas com uma carga emocional e de responsabilidade imensa.

2. O bebê precisa ser estimulado a mamar de forma adequada, ou seja, é necessário posicioná-lo adequadamente. A dica é: a mãe deve colocar a barriga do bebê voltada para a barriga dela e apoiá-lo em seu braço. Com a mão oposta, colocar o bico do seio para que o bebê, após a estimulação do bico tocando seu lábio, abra bem a boca, e consiga pegar todo o seio até a aureola, não apenas o bico da mãe. Isso faz com que o bebê sugue efetivamente, não machucando o seio materno. As rachaduras no bico dificultam muito as mamadas, chegando até a impossibilitá-la, por ocasionar sangramento e dor para a mãe.

3. No início a mãe produz o colostro, líquido claro, que pode ficar amarelado até que efetivamente se inicia a produção do leite. Esse processo ocorre com o bebê sugando. Existem mulheres que acham que não estão produzindo nada para oferecer ao seu bebê, que ele vai passar fome e que devem dar leite industrializado, mas isso é um grave erro, pois, quanto mais o bebê mamar, mais rápido descerá o leite. O bebê deve mamar na hora que ele quiser, a isso chamamos de livre demanda do bebê. Se o bebê mama pouco e logo dorme, a mãe deve desperta-lo, mexendo em seu corpinho, o estimulando a manter uma mamada mais longa, para que ele fique realmente saciado e durma tranquilo. O sinal que o bebê mostra que já está satisfeito é quando ele solta o bico sozinho. É importante que a mãe sempre alterne as mamas, mesmo que o bebê tenha preferência por uma, pois será importante para o desenvolvimento da musculatura facial para falar, comer e respirar adequadamente quando ele crescer. A mãe também deve deixar o bebê esvaziar a mama, e caso ele ainda sinta fome oferecer a outra mama, pois o leite que tem mais gordura é o que vem no final da mamada. Se a mãe oferece um seio e logo troca pelo outro, o bebê pode ter dificuldade em ganhar peso.

4. Quando o bebê é recém-nascido, deve-se estar atento ao tempo dos intervalos das mamadas, que não devem ultrapassar 3 horas. Com o seu crescimento, as mamadas podem ficar mais distantes, sem haver problema. Caso haja necessidade de alguma orientação especial, o pediatra ajudará a mãe.

5. Existem bebês que não estão prontos para mamar, ou seja, o reflexo de sucção não se manifesta adequadamente, sendo necessária uma avaliação fonoaudiológica para verificar o que é preciso fazer para estimular o bebê a mamar adequadamente.

6. Se o bebê não mama direito e a mãe tem muito leite, ela pode desenvolver problemas nas mamas, podendo estas ficar inflamadas ou até mesmo infeccionadas, sendo necessário acompanhamento médico.

7. A amamentação auxilia nos desenvolvimentos faciais do bebê, muscular orofacial, de aprendizagem e estabelece um vínculo importante entre a mãe e o bebê, fundamental para o desenvolvimento psicológico da criança. A presença do pai é de extrema importância para dar a sustentação a esse processo, que se fortalece dia a dia.

Serviço

Hospital San Paolo

Rua Voluntários da Pátria, 2786 – Santana

Tel: (11) 3405-8200

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