No mês dedicado às crianças, além dos presentes, passeios e brincadeiras, os pais devem estar atentos a um tema muito importante: a obesidade infantil. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa) mostrou, no seu último levantamento, um aumento de mais de 200% na incidência de sobrepeso entre crianças de cinco a nove anos nas últimas três décadas. Para os especialistas em nutrição, esse dado mostra uma tendência comparável à epidemia de obesidade nos EUA.
“Este problema é real, está presente no dia a dia de todos os brasileiros e precisamos mudar o cenário com urgência. O que os pais precisam entender é que essa mudança começa em casa, no exemplo que dão aos seus filhos e na escolha dos alimentos que são comprados e servidos à mesa”, alerta o pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Hamilton Robledo.
Para o especialista, o benefício virá a curto, médio e longo prazos. “Aprendendo desde cedo a importância de hábitos alimentares saudáveis, a criança terá condições de fazer suas próprias escolhas na infância e na adolescência, mantendo seu peso adequado até a fase adulta. Uma dieta equilibrada (rica em fibras, minerais e pobre em gordura e açúcar), resultará numa criança com menos problemas de saúde e mais disposição para atividades físicas e aprendizado de uma forma em geral”, ressalta.
A nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo, Juliana Zanetti, explica que alimentos como salgadinhos, bolachas recheadas, enlatados e refrigerantes são ricos em açúcar, gordura, sódio, corantes e conservantes, podendo provocar obesidade, hipertensão e diabetes se forem consumidos com frequência.
“Os bons hábitos alimentares começam desde muito cedo. O que muitas pessoas ainda não sabem é que o aleitamento materno combate a obesidade. O ideal é que o bebê receba o leite da mãe por, no mínimo, seis meses, evitando a introdução de suplementos. Depois são oferecidas as papinhas e os sucos sem açúcar”, aconselha o pediatra. Para o especialista, quanto mais adiar a introdução do açúcar na alimentação da criança melhor.
Quando a criança já apresenta sobrepeso ou obesidade alguns fatores são analisados como a hereditariedade, os hábitos familiares e as atitudes dos responsáveis. “Os pais devem modificar a alimentação. Estimular a prática de atividades físicas e limitar o uso da televisão, do videogame e do computador”, defende o pediatra. A prática de atividades físicas como natação, tênis e futebol é fundamental para a criança desenvolver diversas habilidades além de conviver em ambientes diferentes, fazer novos amigos e ter uma vida mais saudável.
Sem segredo, apenas disciplina
De acordo com a nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Juliana Zanetti, para evitar a obesidade são necessárias cinco refeições diárias: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, contendo alimentos de cinco cores diferentes em cada prato. “Quando falamos de crianças menores (na faixa de um a cinco anos), uma ideia para estimular o consumo de frutas, verduras e legumes é compor desenhos com os alimentos ou utilizar pratos, talheres e copos especiais para crianças”, sugere a nutricionista.
Uma alternativa para os lanches feitos em casa é substituir aqueles alimentos que não são nutritivos por outros mais saudáveis:
– bolacha recheada por biscoito caseiro ou integral;
– refrigerante por suco de fruta ou água de coco;
– salgadinhos fritos por assados;
– maionese por requeijão, creme de ricota, manteiga ou queijo branco;
– batata frita por batata assada.
Não adianta mudar os hábitos em casa e abusar na rua. A hora do recreio na escola pode ser preocupante porque é o período em que as crianças não têm fiscalização dos pais e a cantina é onde estão as tentações. Para garantir uma alimentação balanceada, os responsáveis podem preparar lanches simples e nutritivos para os pequenos levarem nas lancheiras:
– suco de abacaxi, pão do tipo “bisnaguinha” com queijo branco e tomate;
– achocolatado, biscoito de aveia e mel e melancia picada;
– água de coco, pão de forma com peito de peru e alface;
– vitamina de mamão com banana e biscoito de polvilho;
– suco de laranja, pão de forma com queijo branco.
Obesidade Infantil no Brasil
De acordo com a última Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, apenas 38,3% das crianças entre 5 e 10 anos consomem frutas, legumes e verduras em sua dieta alimentar; 33,5% da população de 5 a 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde e 15% das crianças de até 12 anos sofrem de obesidade.
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é composta por três modernos hospitais que fazem parte da história da capital paulistana: Pompeia, Santana e Ipiranga. Excelência médica, qualidade diferenciada no atendimento, segurança, humanização e expertise em gestão hospitalar são seus principais pilares de atuação. As Unidades têm capacidade para atendimentos eletivos, de emergência e cirurgias de alta complexidade, como transplantes de medula óssea. Hoje, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo presta atendimento em 69 especialidades, oferece ao todo 650 leitos e um quadro clínico de aproximadamente 3 mil médicos qualificados. Seus hospitais possuem importantes acreditações internacionais, como a da Joint Commission International (JCI), renomada acreditadora dos Estados Unidos reconhecida mundialmente no setor, a Acreditação Internacional Canadense e a da ONA (Organização Nacional de Acreditação). Essas certificações asseguram que os Hospitais São Camilo priorizam a segurança e a qualidade nos seus processos de atendimento e seguem as melhores práticas hospitalares internacionais. A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo faz parte da Sociedade Beneficente São Camilo, uma das entidades que compreende a Ordem dos Ministros dos Enfermos (Camilianos), uma entidade religiosa presente em mais de 30 países, fundada pelo italiano Camilo de Lellis, há mais de 400 anos. No Brasil, desde 1928, a Rede conta com expertise e a tradição em saúde e gestão hospitalar da Ordem global.