A Leucemia Linfocítica Crônica atinge todos os anos 8 mil pessoas, sendo em sua maioria adultos com idade acima de 55 anos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA. Ainda não se sabe ao certo qual a real causa da leucemia, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem interferir no aparecimento desse tipo de câncer.
O tratamento da leucemia é feito com quimioterapia. Em alguns pacientes é necessária a transfusão de eritrócitos para tratar a anemia, plaquetas para tratar os sangramentos e antibióticos para as infecções. Há também casos de transplante de medula óssea, radioterapia ou imunoterapia.
A área de consultoria da Orizon estudou os padrões de tratamento e os custos desta doença para o setor privado da saúde e revela que o valor médio gasto por paciente é de R$ 85 mil, sendo 73% dos gastos apenas com drogas quimioterápicas, 11% com outros medicamentos, 11% com custos e taxas hospitalares, 3% com honorários médicos e 2% com exames.
Os grupos de medicamentos mais utilizados nos tratamentos foram: em primeiro lugar uma combinação de três quimioterápicos (RFC – Rituximab, Fludarabina e Ciclofosfamida) com gasto médio de R$ 69 mil em 3,5 ciclos de tratamento; em segundo veio a terapia com o medicamento único Rituximab – gastos de R$ 60 mil em 4 ciclos de tratamento; e em terceiro, a combinação de dois medicamentos (FC – Fludarabina e Ciclofosfamida) – gastos de R$ 16 mil com 2,2 ciclos de tratamento. Outras três combinações de drogas também foram registradas, mas em menor incidência. Foi observado, durante o estudo, que a Rituximab esteve presente em 78,6% dos tratamentos, seguida pela Fludarabina, com 49,1%, e da Ciclofosfamida, em 58% dos casos.
O estudo foi apresentado nesta semana em Dublin, na Irlanda, durante o congresso da ISPOR – International Society for Pharmacoeconomics, evento mais importante do mundo em farmacoeconomia.
“As pesquisas em economia da saúde realizadas no mercado privado do país contribuem para uma gestão mais eficiente dos recursos. No entanto, ainda há pouco conhecimento por falta de campo de pesquisa com representatividade na saúde privada. Para concretizar esta pesquisa, acompanhamos 163 pacientes entre janeiro de 2009 e dezembro de 2012. Juntos, esses pacientes realizaram 859 ciclos de tratamento, todos analisados por uma equipe de profissionais de saúde que qualificaram o consumo”, Explica o Executivo de Negócios Corporate da Orizon, Leopoldo Veras da Rocha.
Segundo ele, o uso racional de recursos e a qualidade assistencial deve ser uma preocupação constante de toda a cadeia de saúde como clínicas, hospitais, operadoras e indústrias. “O uso inteligente de informações permitem qualificar a assistência, ampliando o acesso e reduzindo os riscos para os pacientes”, conclui Leopoldo Veras da Rocha.