A motricidade orofacial é a área da Fonoaudiologia voltada ao estudo das disfunções musculares orofaciais e cervicais. O campo engloba alterações que possam interferir nas funções de respirar, mastigar, deglutir, e falar, além de questões estéticas, como a prevenção de rugas no rosto.

De acordo com a Prof.ª Alcione Campiotto, professora assistente do curso de graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a área está bastante relacionada ao trabalho do ortodontista e do otorrinolaringologista, principalmente, em casos de alterações músculo-esqueléticas e respiradores orais, além de disfunções de anatomia.

“Um exemplo bastante comum é o paciente que fez uso de chupeta e apresenta alguma alteração dentária. Ele vai ao ortodontista para melhorar a posição dos dentes e ao fonoaudiólogo para adequar as funções, como mastigação, deglutição e fala. Nem todo indivíduo que realiza tratamento ortodôntico precisa dos cuidados da fonoaudiologia, mas são muitos os que necessitam”, diz.

A Prof.ª Alcione explica que fatores genéticos e maus hábitos, como uso prolongado de mamadeira e sucção do dedo, algo muito comum até em adultos no Brasil, são situações que contribuem para as disfunções.

Outros hábitos, como empurrar os dentes com a língua na hora de engolir, mastigar com a boca aberta ou somente de um lado, são corrigidos com o trabalho da motricidade orofacial. “A fonoaudiologia irá adequar a musculatura para facilitar a fala, mastigação e a deglutição. O tratamento é realizado com exercícios musculares e treinos, e repetições das diferentes funções”, explica.

Segundo a especialista, outra frente da motricidade orofacial é a estética facial, que está crescendo muito e se destacando em função dos resultados positivos obtidos. “É um trabalho de autoconhecimento. Hábitos nocivos, em excesso, como mastigar somente de um lado, se expressar apertando os olhos ou lábios, bem como franzir muito a testa ou o nariz podem gerar linhas de expressão na face. Assim, o trabalho do fonoaudiólogo inclui a identificação desses movimentos repetitivos no momento de falar, mastigar e engolir, e atua em sua eliminação”, afirma.

Para a especialista, esse trabalho pode prevenir, amenizar e até adiar a formação de rugas no rosto. “Os exercícios apresentam resultados significativos, principalmente, para quem os inicia na faixa dos 35 anos”, conclui.

Sobre a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: Tradicional instituição de Medicina, criada em 1963, completará 50 anos em 2013. Atualmente, também oferece graduação em Enfermagem e Fonoaudiologia, além de diversos cursos de especialização, mestrado e doutorado, na Pós-Graduação. Em sua infraestrutura, apresenta importantes laboratórios como de Anatomia, Imunologia, Microbiologia, Farmacologia, Bioquímica, Técnica Cirúrgica, Fisiologia, Biologia Molecular, Cirurgia Experimental, Centro de Simuladores, além de ambulatórios, enfermarias e Centros Cirúrgicos do Hospital Central da Santa Casa de São Paulo, conveniado com a Faculdade. Visite o site: www.fcmsantacasasp.edu.br.