As fraturas provocadas por choques durante a prática de esporte são muito mais comuns do que se imagina. E elas devem ser tratadas por especialistas em trauma da face: os cirurgiões buco-maxilo-facial.

O meia Renato Augusto, do Corinthians, passou por uma cirurgia na última segunda-feira, para corrigir uma lesão no osso conhecido como arco zigomático, que liga o maxilar aos ossos temporal, esfenoide e frontal. Durante o jogo contra o Bahia, no dia 30 de junho, ele foi atingido por uma cotovelada no lado esquerdo do rosto. Em 2008, o mesmo jogador foi vítima de um choque com outro oponente e também foi operado. Ele possui pinos e placas do lado direito do rosto.

O especialista que cuidou do caso do atleta nessa segunda-feira foi o membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Marcos Pitta. “Esse tipo de fratura provoca muita dor quando a vítima mexe a mandíbula. O procedimento cirúrgico – como o do jogador do Corinthians – dura em média 15 minutos e é sob anestesia geral. Não foi necessária a utilização de meios de fixação, como placas ou pinos. Ele deve retornar aos gramados em breve”, esclareceu o cirurgião. Desta vez, o procedimento foi mais simples do que o de 2008, quando foram necessários 11 pinos e três placas de titânio para reconstruir o maxilar do meia.

Marcos Pitta explica que a face humana é formada por diversas estruturas conjuntas, que podem sofrer sérias alterações funcionais e estéticas em caso de choques ou fraturas. “Sempre que o paciente tiver lesões na face, o caso deve ser encaminhado para um cirurgião buco-maxilo-facial. Ele é o profissional mais capacitado para diagnosticar o problema e tratá-lo, seja por meio de cirurgia ou não”, finaliza Pitta.