A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença incurável que acomete o sistema nervoso central (SNC) e provoca dificuldades motoras e sensitivas que comprometem a qualidade de vida de seus portadores. A manifestação ocorre, em geral, em jovens de 20 a 35 anos na proporção de três mulheres para cada homem. Segundo informações do Ministério da Saúde, em 2010 a taxa de prevalência no Brasil foi de aproximadamente 15 casos para cada 100.000 habitantes.

Com o objetivo de estimular discussão e criação de diretrizes sobre a doença a serem disseminadas por todo o País, a Merck Serono realizou nos últimos dias 10 e 11 de maio o I Fórum Sobre Esclerose Múltipla. O evento teve como chairwoman a presidente da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Elza Tosta, e contou com 40 especialistas de todas as regiões do Brasil. Eles se dividiram em três grupos — cada um liderado por um médico — para discutir diagnóstico, terapêutica e adesão ao tratamento por parte do paciente. Após a formação de um breve consenso, os resultados foram apresentados a todos os presentes.

“As diretrizes discutidas no Fórum serão repassadas para profissionais iniciantes no tratamento de Esclerose Múltipla. Por isso, há uma grande responsabilidade desses médicos em se posicionar e debater amplamente conceitos para trazer expertise aos mais novos. A ideia é documentar o conteúdo do evento para esta finalidade”, disse a Dra. Elza.

Diagnóstico

Os debates sobre diagnóstico foram comandados pelo Dr. Fernando Faria Figueira. O médico apresentou um paralelo entre a evolução das técnicas dos anos 1990 e os novos métodos, como a ressonância magnética.

“Esse é um assunto complexo que traz dificuldades até para os especialistas. Além das ferramentas, os médicos precisam aprender a direcionar a percepção para o diagnóstico precoce. Se, por exemplo, o paciente apresenta problema de visão dupla, obrigatoriamente é preciso pensar que pode se tratar de esclerose múltipla”, disse o Dr. Fernando.

Terapêutica

À frente das discussões, o Dr. Denis Bichuetti apresentou três artigos com foco na falha terapêutica. Definiu-se, entre outros conceitos, que a monitorização deve ser feita no mínimo após 12 meses do início do tratamento, por meio de avaliações clinica (exame neurológico e a presença de surtos) e de imagem de crânio. Avaliação cognitiva, breve ou completa, também é recomendável.

“Em termos de preparação dos profissionais, o Brasil está no mesmo patamar de outros países. Sobre o desenvolvimento científico estamos um pouco atrás por questões de financiamento e estrutura. Temos médicos que seguem o mesmo padrão em todas as regiões do País. Mas os avanços dependem das condições de trabalho oferecidas a esses especialistas”, analisou o Dr. Denis.

Adesão

A busca pelo consenso sobre adesão, comandada pela Dra. Maria Lúcia Brito, trouxe a discussão de procedimentos baseados em casos específicos. Um deles mostrou a dificuldade de adesão ao tratamento por conta da não aceitação do diagnóstico. Na sequência, houve a apresentação de uma evolução malsucedida do tratamento apesar da aderência inicial ao procedimento médico.

“É fundamental conscientizar os pacientes sobre a importância da adesão. Para isso, os especialistas precisam desviar um pouco da linguagem médica. Fazer com que os doentes absorvam o diagnóstico e entendam as estratégias de tratamento é decisivo para a melhora do processo. A partir dessa aceitação, os pacientes podem ter melhora na autoconfiança e na autoestima”, explica a Dra. Maria Lúcia.

Palestrante internacional

Além dos debates específicos, o Fórum contou com a palestra do Dr. Jorge Correale. O profissional argentino expôs diversos estudos sobre fatores que levam os pacientes à desistência do tratamento, como a percepção por parte dos doentes da falta de eficácia prática do tratamento.

“Logo no primeiro contato é preciso reforçar que a doença não tem cura. O paciente precisa ter consciência que o progresso no tratamento é lento e tem o objetivo de melhora na qualidade de vida. A desistência acarreta em um prejuízo financeiro e social muito grande”, ressaltou.

Sobre a Merck

A Merck é a mais antiga indústria farmacêutica e química do mundo. A companhia une essa tradição com a busca constante por inovações nos segmentos em que atua. Com forte presença global, a Merck, fundada na Alemanha há mais de 340 anos, hoje está presente em 67 países e distribui seus produtos em mais de 150. A empresa possui visão de longo prazo e prioriza a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas indústrias farmacêutica e química.

Desde 1995, a empresa possui cerca de 30% do seu capital total cotado na Frankfurt Stock Exchange. Os demais 70% pertencem à família Merck, descendente do fundador. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil colaboradores distribuídos por 67 países. Em 2012, o lucro total cresceu 8,7% para €11,2 bilhões, e o faturamento aumentou 8,4% para €10,741 bilhões, refletindo crescimento orgânico de 4,5% em relação a 2011.

A Merck atua no Brasil desde 1923 – há 90 anos – e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do País, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.

A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica é composta pelas divisões Merck Serono – de medicamentos de prescrição e Genéricos – e Produtos de Consumo (Consumer HealthCare). Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.

A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania.