A doença, que é sinônimo de muito incômodo,

já pode ser tratada com menor desconforto pós-operatório

Como se não bastasse o incômodo, a hemorróida muitas vezes é um tabu para o paciente. O fato é que não são poucos os que sofrem com a doença: cerca de 20% da população adulta, especialmente entre 45 e 65 anos, é portadora do mal. “Ela consiste em uma dilatação de vasos sanguíneos presentes na parte inferior do reto”, esclarece a médica proctologista Bianca Côrte.

Sangramentos, prolapso mucoso e dores são as queixas de quem chega a procurar um especialista. Para os pacientes que não buscam tratamento, vale o alerta: “Hemorróida é uma doença comum, mas não pode ser ignorada”, afirma Dra. Bianca.

A boa notícia chegou a Brasília há pouco tempo, é um novo tratamento que tem se mostrado menos doloroso. Denominado Desarterialização Hemorroidária Transanal, ou simplesmente THD, ele tem se fortalecido em várias áreas da medicina nos últimos anos. A tecnologia possibilita a solução do prolapso e do sangramento com redução do incômodo no pós-operatório. “Com o uso de uma sonda de ultrassom, visualizamos o canal anal, identificamos e damos um ponto na artéria que mantém a hemorróida”, descreve a proctologista.

Para Evitar – A melhor maneira de prevenir a doença é adotar uma dieta rica em fibras e com grande ingestão de líquidos. “É necessário que isso seja aliado à prática de exercícios físicos para o bom funcionamento intestinal. Dessa forma, o paciente não precisará fazer esforço para evacuar e terá agressão no canal anal reduzida”, avisa a médica. A obesidade também é um conhecido fator de risco para o desenvolvimento de hemorróidas.

O diagnóstico é feito através de avaliação clínica e, quando necessário, exames complementares. “Vale sempre lembrar que os sintomas podem se assemelhar a outras doenças, como o tumor de reto. Por isso, diante de qualquer sintoma adequado é buscar assistência imediata”, conclui.