Mais de 100 casos de Hepatite A foram diagnosticados, em 2011, no estado de Goiás. No Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, Goiânia ficou em 15º lugar no ranking de incidência da doença nas capitais do Brasil. Alerta a estes números, o infectologista Jaime Rocha, do laboratório Atalaia, lembra que o Verão costuma ser a estação de maior contágio da Hepatite A e que a vacinação é ainda mais indicada neste período do ano.
Segundo o médico, a doença é contraída por infecção fecal-oral, principalmente decorrente de alimentos mal lavados e água contaminada. “Sabemos que no litoral nem sempre contamos com as condições de higiene ideais. É aí que a incidência do vírus cresce”, explica. A Hepatite A costuma ser um pouco mais leve nas crianças e mais grave nos adultos, podendo até levar a óbito. O quadro típico apresenta náusea e vômito, mal-estar, febre, perda de apetite, fezes mais claras e um amarelão no corpo e nos olhos. Já a Hepatite B é transmissível pelo sangue ou sexualmente. Os incidentes costumam crescer, principalmente, no período do Carnaval.
O infectologista recomenda que os veranistas tomem a vacina no mínimo duas semanas antes de ir para a praia. Existem três opções. A primeira é a vacina apenas para a Hepatite A, com duas doses, intercaladas num período de seis meses a um ano. Com a segunda dose, a pessoa adquire a imunidade definitiva.
A segunda opção é a vacina somente para a Hepatite B. São aplicadas três doses, com intervalo de um mês e seis meses. Para as crianças, esta vacina faz parte do calendário do governo. Já a terceira é a vacina que contempla a Hepatite A e B conjuntamente. São recomendadas três doses, no mesmo intervalo da vacina contra hepatite B. As vacinas são intramusculares e podem ser aplicadas no braço, nádegas ou coxa.