Há muitas doenças que são transmitidas geneticamente e esse é o caso do câncer colorretal hereditário. Ligada a genes defeituosos, a doença pode afetar vários membros de uma mesma família e é extremamente complexa, pois também está associada a fatores externos, como alimentação e outros aspectos relacionados ao estilo de vida.
A doença inicia-se na camada superficial do revestimento intestinal e com o passar do tempo alcança as camadas mais profundas.
De acordo com o coloproctologista Leonardo Durães, do Instituto de Coloproctologia de Brasília – ICB, o câncer colorretal acomete em maior grau pessoas acima de 50 anos, contudo pessoas com alterações genéticas podem ter a doença bem antes, a partir da segunda década de vida. “Quanto mais novo o paciente for, maior é a probabilidade de que haja fatores genéticos associados”, afirma. O médico ressalta que cerca de 30% dos casos são hereditários.
Prevenção – Quando são identificados fatores genéticos que podem predispor o indivíduo ao problema, é necessário estabelecer uma vigilância nos familiares para identificação precoce do câncer e tratamento adequado.
Todas as pessoas com algum parente diagnosticado com câncer colorretal devem iniciar a prevenção aos 40 anos ou 10 anos antes do parente que apresentou a doença – o que vier primeiro. A prevenção é realizada através de um exame conhecido como colonoscopia. Testes genéticos também são utilizados para identificação de genes defeituosos transmitidos na família.
“Um fator importante que precisa ser cuidado também são os chamados pólipos, lesões que surgem na mucosa do cólon. O pólipo pode evoluir para câncer em um período de 2 a 5 anos. Assim que identificados, os pólipos precisam ser retirados para prevenção da doença”, adverte o coloproctologista.