Hospitais paulistas acabam de encerrar assembleia que decidiu posicionar-se contra a adoção de redutor do índice de atualização monetária nas tabelas de preços que os prestadores de serviços (hospitais, clínicas e laboratórios) praticam com as operadoras de planos de saúde caso os prestadores não possuam certificação da qualidade. O redutor de reajuste está sendo proposto pela Agência Nacional de Saúde-ANS.
A assembleia geral foi na sede do Sindhosp-Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo. Segundo o presidente da entidade, Yussif Ali Mere Junior, a certificação de qualidade não pode ser exigida como requisito pela ANS porque é, pela definição da Organização Nacional de Acreditação-ONA, voluntária. “A adesão não é obrigatória, mas os hospitais que possuem o certificado ou estão em processo de certificação o fazem por acreditar na importância de aprimorar seus sistemas internos de qualidade continuamente e, assim, agregar valores à instituição”, analisa.
O Sindhosp ressalta que a atualização monetária é um direito reconhecido pelo Superior Tribunal Federal-STF e é um dos itens que pesam na qualidade dos serviços prestados.
Nesta quinta-feira, 6/8, a entidade reúne-se na ANS para discutir o assunto.
Yussif Ali Mere Junior também é presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de Ribeirão Preto e Região-Sindribeirão.
Certificação
A certificação ou acreditação é um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. É um processo de adesão voluntária com caráter eminentemente educativo. O objetivo é trabalhar a cultura da melhoria contínua. Não há processo de fiscalização ou controle oficial/governamental.
A certificação é conferida por entidades acreditadoras autorizadas pela ONA-Organização Nacional de Acreditação, que coordena o Sistema Brasileiro de Acreditação.