A partir de setembro, o Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) irá disponibilizar para população um serviço pioneiro e diferenciado para o atendimento, diagnóstico e tratamento dos pacientes portadores das doenças cardiovasculares, neurovasculares e outras vasculares agudas. Trata-se do HCNCardiovascular, cujo conceito é identificar estes pacientes na emergência para poder oferecer um atendimento especializado.Com isso, o HCN pretende contribuir para a diminuição das taxas de morbidade e sequelas dessa patologia, que atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são responsáveis por cerca de 17 milhões de mortes no mundo. No Brasil, o número gira em torno de 360 mil casos fatais por ano.
A Emergência do HCN atende cerca de 400 pacientes, por mês, com doenças cardíacas, sendo que 50% das internações realizadas pelo hospital são de pacientes cardio-cérebrovasculares.
Portanto, o HCNCardiovascular contará com cinco leitos no Serviço de Emergência dedicados exclusivamente aos pacientes cardio-cérebrovasculares –todos localizados estrategicamente próximos ao centro de suporte diagnóstico por imagem, onde terão um atendimento ágil e integrado a infraestrutura hospitalar.
O novo serviço contará ainda com todo suporte do setor de hemodinâmica – para a realização dos procedimentos -; médicos radiologistas de plantão 24h; equipamentos de última geração, tais como: Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada de 64 Canais e Aparelho de Ecocardiografia Tridimensional; e 25 leitos de unidade de terapia intensiva destinados aos casos complexos cardio-cérebrovasculares,entre coronários e neurológicos. Cerca de 100 leitos, entre quartos privativos e enfermarias, também estarão disponíveis, preferencialmente, para receber o paciente cardio-cérebrovascular.
Para a médica Valdênia P de Souza, coordenadora do HCN Cardiovascular, o serviço está inserido num conceito onde o paciente não é “fragmentado” em apenas coração ou cérebro. Nele, o paciente é visto como um todo, dentro de uma estrutura de um hospital geral, onde a acessibilidade ao tratamento integralizado é factível.
“A população está mais idosa, portanto o paciente que hoje interna com infarto, foi atendido ontem com edema agudo de pulmão, hipertensão ou diabetes descompensada. Amanhã ele poderá ser novamente internado, com AVC isquêmico ou uma insuficiência cardíaca. Nossa meta é ter uma visão integral desse paciente e equipes treinadas para reconhecê-lo desde a porta de entrada, até em internações por outras patologias”, enfatiza a coordenadora.