Ninguém mais discute que o cigarro é um alto fator de risco para a saúde. No Brasil, uma recente pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indica que 18,8% da população brasileira é fumante. O tabagismo é a segunda maior causa de morte no mundo e responde pela incidência de mais de 50 tipos de doenças.

Esses números são preocupantes, pois equivalem a uma morte a cada 6 segundos e, ainda, 600 mil mortes a cada ano devido ao fumo passivo do tabaco. Atenta a este grave problema a dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, faz um alerta à população neste dia 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, para sensibilizar o maior número possível de pessoas sobre os malefícios do tabaco e seus derivados.

Para a médica, o cigarro é um fator que pode desencadear o câncer de pulmão, de boca, laringe e de esôfago. “É importante que os fumantes tenham a consciência desses danos e busquem ajuda médica para identificar a doença em sua fase inicial, pois um diagnóstico antecipado e tratamento adequado podem aumentar as chaves de sucesso para reverter o quadro e permitir uma melhor qualidade de vida ao dependente químico”, avalia.

Segundo a especialista, é necessário ficar atento aos sinais que já podem ser sintomas da doença, tais como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de alergias, principalmente das vias respiratórias e problemas cardíacos. Já a médio e longo prazo, os efeitos são a redução da capacidade funcional respiratória, aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças por inalação passiva, que são totalmente inocentes a este fator.

A otorrinolaringologista ainda ressalta sobre a importância de investigar as alterações de voz persistentes e lesões de boca que não cicatrizam, principalmente em tabagistas. “Um diagnóstico precoce pode fazer grande diferença na cura da doença”, finaliza.