Especializada no atendimento de urgência a pacientes de acidente vascular cerebral, a instituição atua no sentido de minimizar o número de pessoas atingidas
Segundo dados da Organização Mundial de AVC, a cada seis segundos, independentemente da idade, sexo, cor ou condição social, alguém em algum lugar do globo morre da doença. É a maior causa de morte no país e também a maior causa de incapacidade funcional adquirida no mundo. Para enfrentar essa epidemia silenciosa, o Hospital Vera Cruz, em parceria com a recém-criada Associação Mineira de AVC (AMAVC), realizou um evento na Praça do Papa, no último sábado (27/10), com o intuito de conscientizar a população.
“Estamos realizando o sonho de que um tema tão grave e tão incidente ganhe a atenção das pessoas e que, a partir desse momento, possamos iniciar um processo de mudança do impacto que o AVC gera em nossa sociedade”, declara o coordenador do Serviço de Neurologia do hospital e diretor técnico da AMAVC, Dr. Gustavo Daher.
Vários profissionais de saúde estiveram envolvidos voluntariamente na orientação do público. Entre os serviços oferecidos gratuitamente estão: aferição de pressão arterial, medida de glicemia, pesagem e cálculo de índice de massa corporal, orientação de enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e médicos, com distribuição de material educativo e esclarecimentos de dúvidas.
No palco montado para o evento, foi realizada uma palestra interativa e dinâmica com o tema: “O que é o AVC, como preveni-lo e como identificá-lo”. Depois, as pessoas foram motivadas a se movimentarem com uma aula de ginástica artística.
Minas contra o AVC
O evento faz parte das séries de campanhas que marcaram o Dia Mundial de Combate ao AVC, em 29 de outubro. Além disso, a ocasião foi uma oportunidade de apresentar a AMAVC à sociedade belo-horizontina. Criada em setembro de 2012, a associação tem por objetivo “conscientizar a população de maneira objetiva sobre o que é o AVC, quais as formas de prevenção, fatores de riscos, como identificar os sintomas e acionar o transporte de urgência”, informa a presidente, Sandra Issida.
A Sandra é esposa de um paciente que teve AVC aos 44 anos, o que lhe causou sequela neurológica importante. Ela sofreu dificuldades por não encontrar assistência adequada ao AVC e, ao saber que não havia uma representação da população, liderou esse projeto e convidou o médico neurologista Gustavo Daher para ser o diretor técnico.