Você sabia que existem mais de 150 tipos se HPV? Alguns dos tipos do papilomavírus humano, como é conhecido cientificamente o HPV, podem causar Câncer de Colo de Útero se não forem diagnosticados precocemente e tratados corretamente. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que este câncer é o segundo mais comum entre as mulheres, sendo responsável por 18 mil novos casos e cinco mil mortes por ano. “O HPV é considerado um agente necessário para as alterações celulares que levam ao Câncer de Colo Uterino. Por isso, é importante conscientizar as mulheres de que os exames preventivos são a melhor forma de descobrir a doença ainda em fase inicial, passível de cura em praticamente em todos os casos”, esclarece Dr. Antonio Luiz Almada Horta, citopatologista do laboratório Atalaia.
O Papanicolaou, o principal teste para detecção das lesões precursoras do câncer de colo uterino, é indicado para mulheres entre 25 e 64 anos. O exame deve ser feito anualmente com uma frequência de dois anos consecutivos. Após este período se não forem detectadas neoplasias intra-epiteliais ou sinais citológicos de infecção por HPV, a mulher pode realizar o teste a cada três anos. “Mesmo com esse largo período entre um exame e outro, as brasileiras ainda não enxergam a importância de fazê-lo. É uma questão cultural. A preocupação com a própria saúde ainda é baixa. Porém, elas precisam entender que esta é uma doença de desenvolvimento lento e, muitas vezes, sem sintomas iniciais. Assim, somente o exame periódico pode ajudar no diagnóstico”, ressalta o citopatologista.
Contudo, o médico lembra que a técnica usada por muitos lugares ainda é a mesma de quando o exame surgiu, há mais de 60 anos. A Citologia em Base Líquida, uma nova técnica para colheita de células no teste de Papanicolaou, envolve um tratamento laboratorial da amostra que permite ao patologista realizar um exame mais focado nas células, desprezando elementos que se superpõem, como sangue ou leucócitos, que prejudicam a qualidade do diagnóstico. O teste com automação em base líquida passa então a detectar maior número de lesões atípicas pré-neoplásicas que o exame citológico convencional. “Antes, o ginecologista coletava com uma espátula material do colo uterino e o transferia para uma lâmina. Hoje, o material da espátula é lavado em um líquido que preserva melhor as células, permitindo assim um diagnóstico mais preciso”, explica Dr. Antonio Luiz.
Ele acrescenta que um exame mal coletado pode gerar um diagnóstico falso-negativo no qual a mulher apresenta lesão precursora do câncer cervical ou alterações celulares causadas pelo HPV, porém o teste não consegue detectá-las. “O grande problema do exame falso negativo é que o médico não encaminhará a paciente para complementação diagnóstica ou tratamento. Ou seja, a lesão só será diagnosticada no próximo exame, algum tempo depois”, alerta.
O especialista comenta que a preocupação com a qualidade do teste Papanicolaou fez com que o Ministério da Saúde abrisse uma consulta pública para discutir o assunto. Desta forma, médicos de todo o Brasil podem opinar, até dia 30 de novembro, sobre a minuta que aprovará o Programa Nacional de Qualidade em Citopatologia a ser implantado em todos os laboratórios prestadores de serviços de diagnóstico citológico ao SUS.
Sobre o Atalaia Medicina Diagnóstica
O Atalaia nasceu há 43 anos em Goiás e atualmente possui mais de 200 colaboradores e 23 unidades de atendimento em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Trindade. Considerado uma referência para o segmento de medicina diagnóstica na região, disponibiliza serviços e soluções diferenciados, como a coleta domiciliar, oferecendo qualidade, confiança, credibilidade, conveniência e tecnologia de ponta. Com o objetivo de buscar continuamente a inovação, a marca disponibiliza mais de três mil exames no mesmo local. Para mais informações: www.atalaia.com.br.