Amanhã (17), será comemorado o Dia Nacional da Vacinação. Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), da Secretaria de Saúde de Goiás, destacam que, na última campanha promovida pelo governo, mais de 174 mil crianças compareceram aos postos de vacinação no Estado. Porém, deste total aproximadamente 45% não estavam com o calendário vacinal em dia e tiveram que receber uma ou mais vacinas.
O médico sanitarista e chefe de vacinas do laboratório Atalaia, Dr. Ricardo Cunha, explica que o Programa Nacional de Imunização e as campanhas de vacinação, promovidas anualmente, criaram a consciência coletiva da importância de vacinar as crianças. Mas a continuidade da imunização ainda é complicada. “Os pais, em geral, fazem questão de manter em dia o calendário vacinal de seus filhos durante o primeiro e o segundo ano de vida, mas, a partir daí, acabam relegando a um segundo plano os reforços das vacinas já aplicadas ou as novas vacinas, que são indicadas a partir do 2º ano de vida”, ressalta.
Dr. Ricardo alerta que população precisa compreender que a imunização feita nos primeiros anos da infância pode não garantir proteção por toda a vida. “Essa é uma verdade que precisa ser conhecida não só pelos pais, mas também pelos adolescentes e adultos jovens, que se consideram completamente imunizados contra várias doenças e praticamente ignoram a sequência do calendário vacinal”, enfatiza. O especialista acrescenta que na adolescência e na primeira fase da idade adulta há uma grande exposição a riscos de infecções, por conta do início da atividade sexual, da maior ocorrência de viagens e de atividades em locais públicos, entre outros fatores.
Outra consideração importante é que, com uma grande cobertura vacinal de crianças, há um possível deslocamento do risco de infecções para faixas etárias maiores (adolescentes e adultos jovens). “Ainda que repetitivo temos que conscientizar toda a população, de todas as faixas etárias, que a melhor forma de prevenir as doenças imunopreviníveis é a vacinação. Portanto, pessoas em todas as faixas etárias precisam buscar informações sobre a imunização contra doenças como Difteria/Tétano/Coqueluche; HPV; Hepatites e Varicela; Sarampo/Caxumba/Rubéola; Influenza, Meningites; Infecção pneumocócica e Febre Amarela e outras”, esclarece.
O médico sanitarista lembra que o ideal para a proteção completa da família é que todos estejam devidamente vacinados. “É um método fácil, rápido e com ótimo custo benefício para garantir um dia a dia mais saudável e com maior qualidade de vida”, finaliza.