Uma comissão formada por médicos do Complexo Hospitalar do Mandaqui, por representantes do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) entregou na terça-feira, dia 28 de agosto, um documento ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), deputado Barros Munhoz, e ao presidente da Comissão de Saúde do órgão, deputado Marcos Martins, no qual denunciam a situação fragilizada em que se encontra o hospital, que é referência no atendimento terciário, de alta complexidade, da Zona Norte de São Paulo.
Segundo o secretário de Relações Sociais e Associativas do Sindicato, Otelo Chino Jr., o Simesp apoia e oferece o embasamento legal dessa ação. O corpo clínico do Mandaqui reivindica soluções para problemas estruturais; para a deficiência de pessoal em áreas estratégicas, como pronto-socorro e UTI; e para a falta de política de remuneração salarial e de um plano de cargos e carreiras que, de acordo com Chino Jr., tem sido alvo da luta dos médicos de São Paulo há muito tempo.
O diretor clínico do Mandaqui, Jânio Henrique Segregio, explica que os problemas estruturais do Hospital já resultaram em demissões de 25% dos médicos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição. “A UTI contava com um número, que já era deficiente, de 42 médicos, e essa redução torna o serviço vulnerável e compromete a atenção, isso nos faz pensar em uma redução no número de leitos se não houver reposição desses profissionais, para que nenhum paciente aqui assistido seja colocado em risco.”
De acordo com o corpo clínico do hospital, que é composto por 609 médicos, existem problemas estruturais que vão desde a entrada do paciente até sua alta. Há deficiência de serviços de atenção continuada ao paciente, como fisioterapia; além de eventuais faltas de medicamentos e insumos básicos.
Na próxima segunda-feira, dia 3 de setembro, será realizada uma audiência com o secretário adjunto de saúde, José Manoel de Camargo Teixeira, na qual estarão presentes as lideranças do Mandaqui, do Simesp, Cremesp e, possivelmente, da Associação Paulista de Medicina (APM).
Assembleias
No dia 28 de agosto, foi realizada assembleia no Hospital Mandaqui para informar os médicos quanto aos desdobramentos das ações junto às autoridades desde a primeira reunião, que aconteceu em 13 de agosto, e deu origem ao documento entregue na ALESP.
Uma nova assembleia foi agendada para o dia 12 de setembro, ocasião em que o movimento dos médicos do Mandaqui completará um mês.
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