“Não estou doente… Eu apenas fumo”. Quantas vezes já ouvimos frases como essa na tentativa de nos convencer que, a qualquer hora, a pessoa pode parar? Mas o fato é que o tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma importante doença crônica.

O cigarro possui cerca de cinco mil substâncias tóxicas, entre elas: amônia, chumbo, alcatrão e elementos cancerígenos como arsênio e cádmio. Agindo como um estimulante (de forma semelhante à cocaína, à heroína e ao álcool), a nicotina chega ao cérebro pela corrente sanguínea e acelera a transmissão dos impulsos nervosos entre os neurônios, que liberam substâncias neurotransmissoras (como a dopamina), causando sensações de prazer e relaxamento. Entretanto, como outras drogas, a nicotina cria uma dependência fisiológica.

A mistura de gases e partículas tóxicas no organismo desencadeia mais de 50 doenças diferentes. Além de diversos tipos de câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios, ainda há o aumento da incidência de derrame cerebral, doença vascular periférica, impotência e morte súbita.

Tendo em vista a gravidade da questão, é importante que médicos, demais profissionais da saúde e público leigo passem a encarar o tabagismo como uma doença crônica. Além da mudança comportamental, também é necessário um tratamento que combine terapias, incluindo medicamentos para solucionar os sintomas da abstinência que podem comprometer o sucesso do abandono do mau hábito. Atualmente, o tratamento farmacológico do tabagismo inclui, entre outras terapias, a reposição de nicotina e medicamentos que auxiliam no controle da vontade e ansiedade de fumar como a vareniclina (Champix).

Evento em Porto Alegre – Para discutir o tabagismo, suas consequências, novidades nas ações de combate à doença e as atualidades no tratamento, a Pfizer está promovendo um programa de educação continuada para médicos interessados em aprimorar seus conhecimentos e se manter atualizados sobre o tema. O programa, que leva o nome de ATUAR, atinge todo o país. Mais do que capacitar, a proposta do ATUAR é compartilhar o conhecimento aplicado na clínica médica. Para isso, durante o ano, os maiores especialistas brasileiros visitarão diversas cidades do Brasil. No dia 5 de setembro (quinta-feira), o evento exclusivo para médicos será realizado em Porto Alegre.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que fumantes que tentam parar de fumar sem ajuda médica têm menor chance de sucesso (uma média de 5%). E mesmo entre os que conseguem largar o cigarro, apenas de 0,5% a 5% mantêm a abstinência por um ano sem acompanhamento médico. Quanto mais ajuda o fumante recebe para parar de fumar, maiores as chances de sucesso no abandono do vício.

Números sobre tabagismo

Mundo

• De acordo com o Atlas do Tabaco 20121, o cigarro é o único produto legalizado que, quando utilizado conforme as instruções, é letal.

• Dados apontam que o tabagismo poderá matar mais de 8 milhões de pessoas no mundo a cada ano até 2030.

• Estima-se que até 2100, se o tabagismo não for banido, haverá entre 100 milhões e 1 bilhão de mortes em países desenvolvidos e nos mais pobres, respectivamente.

Brasil

• A pesquisa Vigitel 20112 constatou que, pela primeira vez desde 2006, houve uma queda no percentual total de fumantes de 16,8% em 2006, para 14,8% em 2011.

• A taxa atual de ex-fumantes é ainda maior entre homens: de 20% em 2006, para 18,1% em 2011.

• Entre as mulheres, a redução de fumantes foi de 13% em 2006, para 12% em 2011.

Referências:

1. Atlas do Tabaco (Tobacco Atlas), lançado pela Sociedade Americana do Câncer e pela Fundação Mundial do Pulmão. Disponível em http://www.tobaccoatlas.org/

2. Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizada pelo Ministério da Saúde nas 27 capitais brasileiras.