Você pode nem saber localizá-la, mas a tireoide “mora” ali, na região do pescoço, logo abaixo do que conhecemos como pomo-de-adão. No formato similar ao de uma borboleta, a glândula é responsável por liberar hormônios que regulam o metabolismo humano, e que são fundamentais para diversos órgãos do corpo na realização de suas funções. Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). As mulheres são as mais afetadas pelos distúrbios, por razões ainda desconhecidas pela ciência. A ausência de tratamento adequado pode causar danos complexos, como problemas cardíacos e câncer.

Dr. Mario Vaisman é professor da UFRJ e chefe do serviço de endocrinologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Ele é autor de um estudo publicado no ano passado sobre o tratamento do hipotireoidismo no Brasil. Sua pesquisa revelou que cerca de 7% das mulheres acima de 35 anos no Rio de Janeiro apresentam hipotireoidismo. Ainda segundo o estudo, 50% dos portadores do distúrbio não recebem o tratamento adequado no País – desse total, 28% estão insuficientemente tratados e 18,6% recebem o hormônio T4 (um dos produzidos pela tireoide) em excesso. Dois mil e quinhentos pacientes participaram da pesquisa, realizada em parceria com hospitais e universidades de quatro cidades: Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e Fortaleza.

“O hipotireoidismo é uma doença crônica, ou seja, não pode ser curada, mas controlada. Uma das dificuldades no tratamento é fazer com que o paciente tome o medicamento de acordo com a prescrição, nas datas e horários corretos, sem interrupção. O fator financeiro também faz com que muitos pacientes desistam do tratamento, embora o preço dos remédios disponíveis não seja alto em comparação a outros medicamentos de uso contínuo”, afirma o especialista. Dr. Vaisman é um dos que defende a inclusão de medicamentos contra o hipotireoidismo em programas públicos de saúde: “Desta forma haveria uma maior adesão ao tratamento e se evitaria um grande número de complicações que oneram muito o sistema de saúde”.

Distúrbios da tireoide

A glândula tireoide é importante em todos os processos metabólicos do organismo. Ela age no funcionamento de órgãos importantes, como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. A incidência de distúrbios na glândula aumenta com a idade.

Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). Nos dois casos, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio. O bócio também pode ser causado pela carência de iodo no organismo, tendência genética, pelo uso de medicamentos e outras causas. Os pacientes costumam sentir dificuldade para engolir alimentos e respirar, tosse e rouquidão, entre outros sintomas. O aumento de volume é notado no pescoço.

O hipotireoidismo é uma síndrome metabólica que resulta na deficiência na produção de hormônios pela glândula tireoidiana, localizada no pescoço. O distúrbio apresenta sintomas como depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares, sonolência excessiva, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento do colesterol no sangue. A tireoidite crônica – um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireoide – atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo a causa mais frequente de hipotireoidismo.

O hipertireoidismo apresenta como principais sintomas tremores nas mãos, sudorese excessiva (suor “quente”), intolerância ao calor, queda de cabelo, unhas quebradiças, perda de peso e massa muscular, irregularidade menstrual, taquicardia ou palpitações e aumento no tamanho da tireoide (“Bócio”).

Diagnóstico e tratamento

A detecção dos distúrbios da tireoide é feita por exames de sangue específicos. O objetivo é avaliar os níveis dos hormônios TSH, T4 livre e T3, produzidos pela glândula. O hipotireoidismo não tem cura e deve ser controlado por reposição hormonal, com dosagem específica para cada caso. Já o hipertireoidismo é tratado com medicamentos antitireoidianos e, em casos específicos, com administração de iodo radioativo ou cirurgia.

A Merck

A Merck é a mais antiga indústria farmacêutica e química do mundo. A companhia une essa tradição com a busca constante por inovações nos segmentos em que atua. Com forte presença global, a Merck, fundada na Alemanha há mais de 340 anos, hoje está presente em 67 países e distribui seus produtos em mais de 150. A empresa possui visão de longo prazo e prioriza a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas indústrias farmacêutica e química.

Desde 1995, a empresa possui cerca de 30% do seu capital total cotado na Frankfurt Stock Exchange. Os demais 70% pertencem à família Merck, descendente do fundador. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil colaboradores distribuídos por 67 países. Em 2012, o lucro total cresceu 8,7% para €11,2 bilhões, e o faturamento aumentou 8,4% para €10,741 bilhões, refletindo crescimento orgânico de 4,5% em relação a 2011.

A Merck atua no Brasil desde 1923 – há 90 anos – e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do País, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.

A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica é composta pelas divisões Merck Serono – de medicamentos de prescrição e Genéricos – e Produtos de Consumo (Consumer HealthCare). Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.

A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania.