Tabagismo ainda é a principal causa de mortes evitáveis em todo o mundo, diz OMS

Embora os males do tabagismo estejam cada vez mais difundidos, o fumo ainda é a principal causa de mortes evitáveis no mundo, segundo relatório da OMS “Global Tobacco Epidemic 2013”. O documento aponta que o cigarro é responsável por seis milhões de mortes no mundo a cada ano, apesar do aumento das medidas de restrição do cigarro, o que inclui proibição de publicidade, lei antifumo em locais fechados e realização de campanhas antitabagistas.

O diretor do Vita Check-Up Center dr. Antonio Carlos Till lembra que o cigarro pode aumentar em 300% as chances de ataques cardíacos e, além de impulsionar outras doenças graves, o tabagismo está associado a 26% das mortes por todos os tipos de câncer, segundo dados do INCA. “O país tem cerca de 25 milhões de fumantes acima de 15 anos e mais de 200 mil óbitos anuais em consequência do cigarro, de acordo com dados do IBGE. A principal arma de combate ao tabagismo é a informação de suas consequências negativas à saúde e a prevenção. O cigarro afeta agressivamente o coração do fumante ativo e tem consequências também importantes para o coração do fumante passivo, além de ser um dos principais desencadeadores de diversos tipos de câncer, da doença pulmonar obstrutiva crônica e do acidente vascular cerebral (AVC)”, alerta o cardiologista.

Mitos também devem ser combatidos, diz médico do Vita Check-up Center

Conscientizar-se do vício e procurar ajuda são fundamentais para deixar de fumar. Till enfatiza que há muitas formas de se livrar da dependência como a cessação abrupta e a gradual. Mas para o especialista, desmitificar algumas ideias também contribui para eliminar o vício. Mitos como “meus outros hábitos saudáveis podem compensar o fato de eu ser fumante”, “mudar para cigarros light diminui meu risco”, “eu fumei por muito tempo, o dano já está feito”, “tentar parar de fumar provoca muito estresse e isso não é saudável”, e “o ganho de peso após parar de fumar é tão prejudicial quanto fumar” devem ser desfeitos por meio do esclarecimento de fumantes e não fumantes”, observa Till.

“Também devem ser combatidos outros mitos tais como “parar abruptamente é a melhor opção”, “os adesivos e gomas de nicotina são tão prejudiciais quanto fumar”, “diminuir o número de cigarros por dia já é suficiente para evitar doenças”, “eu sou o único prejudicado por fumar”, “eu tentei parar e não consegui, por isso não adianta tentar novamente”, que levam ao adiamento da decisão de parar de fumar e se tornam pretextos para não haver a tentativa, orienta o cardiologista.

O especialista atenta ainda que o tabagismo é uma doença que precisa de tratamento profissional e reforça que incorporar o check-up como ferramenta de precaução é sempre uma medida bem-sucedida tanto na prevenção quanto no monitoramento da saúde. “O papel de uma equipe multidisciplinar – contando com médico, psicólogo e nutricionista associada à administração de medicamentos hoje disponíveis – podem fazer da tão difícil tarefa de parar de fumar algo muito mais viável e com grande taxa de sucesso. O check-up de saúde pode auxiliar tanto no que diz respeito ao rastreamento de problemas oriundos do uso do tabaco quanto ao aconselhamento e ao estímulo à mudança desse terrível hábito”, finalizou o diretor-médico.

O especialista atenta ainda que o tabagismo é um hábito que merece abordagem profissional e explica que incorporar o check-up periódico como ferramenta de prudência é sempre uma medida importante e eficaz no esclarecimento e na orientação das pessoas sobre seus maus hábitos de vida. “O papel de uma equipe multidisciplinar – contando com médico, psicólogo e nutricionista, associada à administração de medicamentos hoje disponíveis – pode fazer da tão difícil tarefa de parar de fumar algo muito mais viável e com maior taxa de sucesso. Além disto, o check-up de saúde pode auxiliar tanto no que diz respeito ao rastreamento de problemas oriundos do uso do tabaco quanto ao aconselhamento e ao estímulo à mudança desse terrível hábito”, finalizou o diretor-médico.