O exame DNA Livre Fetal chegou ao Brasil com a promessa de detectar síndromes cromossômicas ainda durante a gestação. A novidade, lançada no início do ano nos Estados Unidos, foi disponibilizada com pioneirismo no Femme Laboratório da Mulher, especializado na prestação de serviços de medicina diagnóstica voltada exclusivamente à saúde feminina.

O procedimento é feito apenas com a coleta do sangue da mãe a partir de nove semanas completas da gravidez e, quando possível, com um swab paterno (amostra de saliva da bochecha interna do pai). Nesta fase inicial, o exame fica pronto em cerca de 10 dias úteis após a chegada do material no parceiro do laboratório nos EUA.

Além de detectar a Síndrome de Down com acurácia de 99,9%, o DNA Livre Fetal consegue identificar a Síndrome de Turner (92% de exatidão), a Síndrome de Edwards e a Síndrome de Patau (em ambas, o resultado tem 99% de se manifestar correto).

A especialista na área de ginecologia e obstetrícia do Femme Laboratório, Dra. Viviane Lopes, afirma que ainda não existe correção genética, apenas a detecção. Contudo, tomando conhecimento com antecedência, os especialistas podem dar uma maior assistência e direcionar o pré-natal de maneira mais assertiva para cada caso. “Cada síndrome tem associação com certo tipo de malformação e, quando detectadas, possibilitam a preparação para uma assistência mais adequada no pré e pós-parto. Outra vantagem está no fato de os pais poderem se preparar psicológica e emocionalmente durante a gravidez para dar um melhor suporte para o bebê”.

No caso da Síndrome de Edwards e Síndrome de Patau, os bebês vêm ao mundo com má formação de órgãos importantes, como cérebro e coração, e geralmente não chegam a completar o primeiro ano de vida. Devido à letalidade, nestes casos já existe jurisprudência para a realização do aborto, avalizado mediante exames mais invasivos, como a punção do líquido amniótico.

No Brasil, outros laboratórios já oferecem exames semelhantes, mas sem a mesma precisão do DNA Livre Fetal.